A marcha dos servidores em defesa da escola pública do Paraná reúne cerca de 50 mil pessoas, segundo as estimativas do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato). Divididos em dois grupos – um de professores de Curitiba e outro de caravanas vindas do interior –  concentrados um na Praça Tiradentes e outro na Praça Santos Andrade, os manifestantes praticamente pararam o centro de Curitiba na manhã desta quarta-feira, 25.

No período das 9h30 ao meio-dia, várias linhas do transporte coletivo tiveram alteração do trajeto. No momento, a Avenida Cândido de Abreu está totalmente interitada e as ruas que dão acesso à avenida apresentam bastante lentidão em função da passagem dos manifestantes.As linhas de ônibus que passam pela avenida também tiveram que ser alteradas. 

Apesar do movimento ter sido organizado pelos educadores do estado, em greve há 17 dias, servidores da saúde do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), agentes penitenciários e estudantes também apoiam a manifestação. O grupo começou a chegar à Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico, por volta do meio-dia. 

Às 10 horas, foi iniciada a terceira rodada de negociações entre os educadores e o governo do Estado para tentar pôr fim a paralisação. Participam da reunião, representantes dos educadores, do servidores da saúde e dos agentes penitenciários. No entanto, apesar os avanços, os representantes da APP-Sindicato já declararam que a greve não acaba nesta quarta-feira, 25, mesmo que todas as reivindicações sejam atendidas pelo governo.

De acordo com a direção da APP-Sindicato, a greve só termina após ser avaliada e votada em assembleia da categoria que deverá ser agendada assim que os sindicalistas tenham em mãos as propostas do governo. 

Com isso, 950 mil alunos da rede estadual de ensino público do Paraná seguem sem aulas. Ao todo, 2.100 estabelecimentos de ensino público estão fechados.

Atualizada às 14h13