O mercado imobiliário vem oscilando entre altas e baixas no valor de casas e apartamentos. Em parte, é um reflexo do atual momento econômico brasileiro, que ora traz boas perspectivas, ora sinais negativos. Em Curitiba, por exemplo, depois de ver subir o preço médio dos imóvies residenciais em agosto — alta de 1,62% —, setembro teve queda de 2,81%. Os dados são do Índice de Preços Properati Hiperdados Residencial Geral (Casas e apartamentos) de setembro/2016.

Segundo Wagner Dias, Diretor de Operações do Hiperdados, os preços devem permanecer instáveis nos próximos meses. Tudo indica que o Banco Central, por meio do Comitê de Política Monetária (Copom), deve baixar os juros em suas próximas reuniões, pois a inflação está em queda. Logo, o juro real brasileiro atingirá patamares tão altos que o BC deverá reduzir o juro nominal. Com o juro nominal mais baixo, o consumo tende a reaquecer, pois as linhas de crédito ficarão mais baratas e o preço vai voltar a reagir”, explica.
Dias prevê uma estabilização dos preços a longo prazo. “Há sinais claros de que o Banco Central irá iniciar a redução dos juros nominais da taxa SELIC ainda esse ano e os preços vão começar a ficar estáveis, podendo até ficar acima da inflação geral de preços a partir do segundo trimestre de 2017”.
Já Renato Orfaly, Country Manager do Properati no Brasil, avalia que os donos de imóveis e os consumidores procuram aproveitar o momento de instabilidade nos preços, cada um a seu próprio modo. Os proprietários de imóveis testam preços para obter melhores negócios e os compradores aproveitam a oportunidade neste momento de indefinição para barganhar bons preços, diz.