Os trabalhadores dos Correios no Paraná decidiram em assembleia na manhã de hoje (28) voltar ao trabalho a partir desta terça-feira (29).

A categoria rejeitou a proposta da empresa, mas avaliou que não poderia manter o movimento sozinha, já que outros sindicatos retornaram ao trabalho.

Ainda não houve maioria para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho. Apenas 16 sindicatos aprovaram a proposta da empresa (9% mais 100 reais em janeiro). Outros quatro aprovaram a proposta de conciliação, feita pelo Tribunal Superior do Trabalho (9% mais 100 reais a partir de agosto de 2009). Os demais 14 sindicatos rejeitaram as duas e decidiram voltar ao trabalho.

O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), Nilson Rodrigues dos Santos, explica que para resolver o impasse, os sindicatos se reunirão em plenária da Federação, para avaliar como ficam as negociações, já que não há consenso por um acordo. “Acredito que um novo calendário de lutas será formado e vamos ver a posição da empresa. Não está descartada um nova greve até o final do ano”, afirma Nilson.

Pauta
Os trabalhadores reivindicam um aumento real de R$ 300, a reposição das perdas salariais, que chegam a 41,03%, e um Plano de Cargos, Carreiras e Salários que beneficie os funcionários. As reivindicações vão além das questões salariais. Os trabalhadores exigem segurança armada e portas giratórias nas agências; defendem um Correio Público contra a transformações em S/A; e a redução da jornada de trabalho.
 
Os15 Sindicatos rejeitaram as propostas são os de Amazonas, Campinas (SP), Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais (BH), Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Roraíma, Rio Grande do Sul, Sergipe, Uberaba e Vale do Paraíba (SP)

Outros 16 sindicatos aceitaram a proposta da empresa: Acre, Bahia, Bauru (SP), Distrito Federal, Juiz de Fora (MG), Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rondônia,
Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, RPO, SJO, Santa Maria (RS),
São Paulo (capital) e Santos (SP)

E quatro sindicatos aceitaram a proposta do TST: Alagoas, Goiás, Santa Catarina e Tocantins.