Número de pessoas fora da força de trabalho, no entando, segue alta (Franklin de Freitas)

A taxa de desemprego no Paraná recuou no segundo trimestre de 2023 e atingiu o menor nível em quase uma década. É o que revelam informações da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua Trimestral, divulgada nesta semana pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Conforme o levantamento, o estado soma um total 300 mil desempregados e registra uma taxa de desocupação de 4,9%. A última vez em que o contingente e a taxa de desocupação no estado havia ficado tão baixa tinha sido no 4º trimestre de 2014, quando 215 mil paranaenses estavam desocupados e a taxa era de 3,8%.

Entre todas as unidades da federação, o Paraná apresenta a quinta taxa de desocupação mais baixa do país, após Rondônia (2,4%), Mato Grosso (3%), Santa Catarina (3,5%) e o Mato Grosso do Sul (4,1%). Além disso, o estado soma 5,9 milhões de pessoas ocupadas, pouco acima das 5,8 milhões registrados no primeiro trimestre – durante a pandemia, contudo, o número de paranaenses empregados chegou a recuar para perto de 5,2 milhões. O nível da ocupação no estado, por sua vez, é de 61,4%, um pouco acima dos 60,8% registrado no primeiro trimestre, mas ainda atrás dos 62% anotados no último trimestre do ano passado.

Por outro lado, o número de pessoas fora da força de trabalho (também chamadas de inativas, que são aqueles indivíduos sem ocupação e que também não estavam procurando emprego) permanece em patamar elevado, com 3,39 milhões de paranaenses. É um valor inferior ao registrado no trimestre anterior (3,41 milhões), mas que supera todos os outros registros desde o 2º trimestre de 2021. Os desalentados (pessoa que gostaria de trabalhar, mas desistiu de procurar emprego por acreditar que não conseguiria), contudo, estão em queda, tendo passado de 94 mil pessoas entre abril e junho de 2022 para 83 mil no mesmo período deste ano.

Indústria e comércio são os que mais empregam no Estado, mostra a Pnad
Ainda de acordo com o IBGE, os grupamentos de atividade que mais empregam no Paraná são a indústria geral (940 mil pessoas) e o comércio (729 mil). Em seguida, os setores com mais empregados são o da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (562 mil), o da informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (442 mil) e o da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (300 mil).
Por fim, chama a atenção, ainda, que o rendimento médio mensal e a massa de rendimento mensal dos trabalhadores paranaenses está em alta. No segundo trimestre de 2022, por exemplo, o pessoal ocupado no Paraná recebia, de todos os trabalhos, uma média de R$ 3.094 por mês. Neste ano, o valor já está em 3.238 – uma alta de 4,7%. Ao mesmo tempo, a massa dos rendimentos saltou de R$ 12,03 bilhões para R$ 12,609 bilhões, uma variação de +4,8

Um em cada quatro trabalha por conta própria e um terço está na informalidade
O porcentual da população ocupada do Paraná trabalhando por conta própria foi de 23,5%, o que significa que quase um quarto dos trabalhadores paranaenses são autônomos. No país, essa taxa é de 25,5%, sendo que as unidades federativas com menores porcentuais são Distrito Federal (19,9%), Tocantins (20,7%), Goiás (21,7%), Mato Grosso do Sul (22,6%) e São Paulo (23,4%).
Já a taxa de informalidade no estado ficou em 31,9% no último trimestre, também abaixo da média nacional (de 39,2%). Em todo o país, apenas São Paulo (31,6%), Distrito Federal (31,2%) e Santa Catarina (26,6%) possuem uma taxa de informalidade menor, mas ainda assim quase um terço dos trabalhadores paranaenses se encontram na informalidade.