INCENDIO AMBIENTAL
Incêndio florestal é uma preocupação de todos os anos no Paraná (Franklin de Freitas)

Com a proximidade do fim do outono e a chegada do inverno daqui a pouco mais de duas semanas, o clima já fica mais seco no Paraná. Com isso, aumenta a preocupação com um grande problema que sempre tem alta incidência nesta época do ano, os incêndios ambientais, ou florestais.

Normalmente, nos meses mais frios do ano, os casos sobem muito no Estado. Mas desta vez as condições estão mais atípicas, já que os registros de ocorrências já estão altos desde o início do ano.

Só nos primeiros cinco meses de 2024 já foram registradas quase 4 mil ocorrências de incêndios florestais no Estado. Em todo o ano de 2023 houve pouco mais de 5,5 mil. Segundo dados do corpo de Bombeiros Militar do Paraná, foi observado um aumento de ocorrências nos meses de julho a setembro do ano passado.

Nesta quarta-feira (5), as condições no Estado já mostravam essa preocupação. O mapa de risco para incêndios florestais no Paraná do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), mostrava que praticamente todo o Estado tinha condição de alto risco para as ocorrências, dado o clima seco.

O Paraná aparecia “pintado de laranja”, cor que indica alto risco para incêndios, abaixo apenas da cor vermelha, que indica risco muito alto. O quadro de cores ainda contém o amarelo, de risco médio, verde, para baixo risco, e o verde escuro que significa risco nulo.

O período de junho a setembro é considerado a “temporada do fogo” no Paraná. Além da pouca incidência de chuvas, normal para o inverno, o clima mais frio, que inclui formação de geadas, deixa a vegetação mais seca o que permite que o fogo se alastre com maior facilidade.

Campanha

A estação é uma preocupação constante, por isso na terça-feira foi lançada a Campanha Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais 2024. Neste ano ela prevê distribuição de material gráfico e digital para disseminar informações e conscientizar as pessoas sobre os danos causados por um incêndio florestal.

Também são indicadas as ações que podem provocar um incêndio e o que deve ser feito quando uma pessoa avistar um foco.

O slogan “Unidos na prevenção aos incêndios florestais-Somos guardiões da floresta” reforça a mensagem que esse assunto é um problema de todos e, por isso, precisa ser trabalhado em conjunto.

O subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná, coronel Antonio Geraldo Hiller Lino, informou que entre 2019 e 2023 foram registrados mais de 50 mil atendimentos no Paraná. Segundo ele, o maior número de ocorrências é registrado nas regiões Norte, Noroeste e Central.

Campanha contra o fumo em Curitiba inclui o cigarro eletrônico

Em alusão ao Dia Mundial sem Tabaco, a Prefeitura de Curitiba lançou uma nova campanha educativa sobre a lei municipal antifumo (13.254/2009), atualizada recentemente, no final de 2023, ao incluir no texto do dispositivo legal a proibição também do uso de cigarros eletrônicos em recintos de uso coletivo, seja público ou privado.

O objetivo da alteração no texto foi o de dissipar eventuais dúvidas sobre o uso dos DEFs, como são chamados tecnicamente os dispositivos eletrônicos para fumar, conhecidos popularmente como cigarro eletrônico, vaper, pod, e-cigarette, entre outros nomes comerciais.

“Os DEFs não foram autorizados pela Anvisa. Sabe-se que esses dispositivos fazem tão mal quanto o cigarro tradicional, com o agravante de elevar o consumo de nicotina entre os usuários, uma vez que não costumam ter cheiro ou sabor desagradável”, explica a secretária municipal da Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella.

“Diante desta nova realidade dos cigarros eletrônicos e da ampliação da lei municipal antifumo, entendemos que esse é um momento de retomar o assunto com a população, fazendo um novo alerta sobre os malefícios destes dispositivos”, disse a secretária municipal da Comunicação, Cinthia Genguini.

A campanha, que conta com recursos de emenda do vereador Tico Kuzma, estará em paineis digitais, TVs do ônibus e em cartazes, adesivos e flyers, que serão distribuídos durante as ações educativas que serão realizadas pelos distritos sanitários na semana que vem.

A oferta de apoio aos fumantes para largar o cigarro,umprograma da Saúde de Curitiba, é uma das estratégias essenciais para o combate ao tabagismo na Capital. Integrada a outras ações, os efeitos são notórios: em dez anos (entre 2011 e 2021), 132 mil curitibanos deixaram de fumar.

Em 2011, um total de 20,2% da população da cidade fumava. Em 2021, essa porcentagem caiu para 11,3%, segundo levantamentos do Vigitel – pesquisa anual realizada desde 2006 pelo Ministério da Saúde para verificar os hábitos de saúde do brasileiro.

Causas: o que inicia um incêndio ambiental?

Os incêndios ambientais podem ser provocados por diversos fatores, desde naturais, mas principalmente pela ação do homem.

As causas naturais dos incêndios florestais são principalmente os raios. As causas antrópicas (provocadas pela ação humana) são: descarte irregular de bitucas de cigarro, limpeza de áreas, descuido com fogueiras de acampamentos, fogo no lixo e outras, balôes de ar quente típicas de festas juninas, entre as mais recorrentes.

Incêndios nas margens de rodovias, que alémd e criminoso deixa as condições nas pistas mais inseguras, normalmente são provocadas pelo lançamento de bitucas de cigarro acesas. Com a vegetação seca, esse simples ato pode provocar grandes estragos e acidentes.

A campanha contra os incêndios neste ano no Paraná conta com uma cartilha educativa criada especialmente para as crianças e adolescentes, com o objetivo de investir também na conscientização desse público e para que eles ajudem sendo os Guardiões da Floresta.