Um policial penal é alvo de investigação por assédio sexual de presas em Cadeia Pública no Paraná. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Núcleo de Francisco Beltrão, deflagrou a Operação Acrasia na Cadeia Pública de Dois Vizinhos, município do sudoeste do Paraná.
Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos na residência do policial penal investigado pelo assédio sexual de presas e nas dependências da Cadeia Pública de Dois Vizinhos, no Sudoeste do estado. A investigação teve início neste mês, quando uma denúncia anônima foi encaminhada ao Gaeco.
Leia mais no Bem Paraná:
- Buraco interdita parcialmente a BR-277, entre Curitiba e Campo Largo
- Motorista sai andando após acidente entre duas carretas no Contorno Leste, em Curitiba
Durante o cumprimento dos mandados foram apreendidos documentos e equipamentos eletrônicos que serão analisados para apuração dos crimes de assédio sexual das presas mediante ameaça, coação no curso do processo, peculato e estupro.
Denúncia do policial no assédio sexual de presas
A ação tinha como alvo o policial penal gestor da Cadeia Pública de Dois Vizinhos. A denúncia era de que ele estaria praticando os crimes de peculato (utilizando-se do trabalho de presos da unidade para benefício pessoal em sua residência) e de assédio sexual a detentas.
As apurações comprovaram não apenas o assédio sexual, mas também a prática reiterada do crime de estupro, tendo como vítima uma das presas que fazia o serviço interno na cozinha do estabelecimento prisional.
O Gaeco apurou ainda que o servidor público vinha se aproveitando do cargo para praticar ameaças e coação no curso do processo – razão pela qual o Gaeco solicitou a expedição dos mandados de busca e apreensão.
O Juízo determinou que o policial seja afastado das funções por 180 dias, com a apreensão de todas as armas de fogo que estiverem em sua posse, pessoais ou funcionais, suspendendo seu porte. A decisão proibiu ainda o investigado de acessar as dependências da Cadeia Pública de Dois Vizinhos, bem como de manter contato com qualquer detento ou detenta da unidade prisional.