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Foto: redes sociais

Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (9), o delegado Matheus Campos, da Polícia Civil do Paraná (PCPR), afirmou que as buscas por Ísis Victoria Mizerski, 17 anos, vão continuar.

A adolescente grávida desapareceu no dia 6 de junho, em Tibagi, nos Campos Gerais, no Paraná. O delegado acredita que o corpo está ocultado em Tibagi, mas que é difícil de encontrar por conta da extensão.

“A gente não sabe como ela morreu, mas sabemos que ela morreu pelos inúmeros indícios demonstrados no inquérito policial”, disse o delegado. “Não é porque não tem corpo que a gente consegue provar que não houve homicídio”.

A polícia acredita que o vigilante Marcos Vagner de Souza cometeu o crime sozinho. O suspeito foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe, dissimulação e feminicídio, aborto sem o consentimento da gestante e ocultação de cadáver.

Segundo o delegado, apesar de o pai querer abortar, Isis desejava ter a criança. A adolescente, inclusive, procurava nomes bíblicos femininos para o bebê. O delegado caracteriza o vigilante como uma pessoa “fria, calculista e que traia a mulher”.

Principal suspeito do caso da adolescente grávida está preso

O principal suspeito é Marcos Vagner de Souza, um vigilante de 35 anos, com o qual a adolescente mantinha um relacionamento extraconjugal e de quem ela estava grávida. Marcos Wagner está preso desde o dia 17 de junho, quando se entregou para a polícia. Ele é casado e tem três filhos. A prisão preventiva foi decretada nesta sexta-feira (9).

Investigações

Conforme apurado pelas investigações, Isis foi ao encontro para conversar com o suspeito após descobrir que estava grávida. Durante as diligências, a PCPR realizou 36 oitivas, além de analisar câmeras de segurança e conversas que indicam que o indivíduo não aceitou a gravidez e buscou opções para que a menina fizesse um aborto.

As investigações apontam que, após o encontro, o suspeito tentou forjar três álibis, incluindo uma mensagem em um grupo informando que estaria chegando em casa, quando na verdade não estava.

“A situação pode ser comparada ao caso de Eliza Samudio, ocorrido em Minas Gerais, em 2010. O corpo dela nunca foi localizado, mas o óbito foi atestado e o principal suspeito indiciado por homicídio e ocultação”, afirma o delegado da PCPR Matheus Campos.

Contradições

No começou das investigações, Marcos Wagner negou ter encontrado Isis, mas mudou a versão após imagens das câmeras de segurança da cidade mostrarem ele e a jovem juntos no dia do dessaparecimento. A Polícia conseguiu comprovar que o celular de Isis emitiu o último sinal em Telêmaco Borba, próximo à estrada Mandaçaia, local onde Marcos esteve duas vezes após o desaparecimento da adolescente.