o coveiro
Divulgação

A Galeria Mezanino da Caixa Cultural Curitiba recebe, até o dia 18 de agosto, a peça O Coveiro. Além da apresentação teatral, o espaço recebe a instalação visual homônima, que estará aberta à visitação até esta semana. Ambas atividades são gratuitas.

O Coveiro, nova peça da Rumo de Cultura, é um trabalho que age na intersecção entre teatro, artes visuais e cinema. Durante o percurso da peça, o ator Diego Marchioro monta, diante do público, uma instalação a partir de uma coleção sobre vida e morte. O trabalho convida os espectadores a viver uma experiência multidirecional – fruir um trabalho de teatro que, durante seu percurso, se transforma em uma instalação de artes visuais.

A peça é articulada por fragmentos de textos que falam sobre arte, natureza, relação entre espécies, nascimento, morte, misturas e ovo – o símbolo da vida. A mistura de estilos textuais – poesia, crônica, conto e textos teóricos – dá o tom do trabalho, que tem uma relação profunda com as imagens em vídeo.

Na peça, Diego Marchioro se relaciona com imagens de artistas que participam ativamente do Projeto Te(a)tralogia: Isabel Teixeira, Beto Bruel, Cida Moreira, Ná Ozzetti, Nadja Naira, Edith de Camargo e Fernando de Proença – diretor da montagem, atuam em vídeo, ancorando a relação da cena e convidando o público a refletir sobre modos de vida e sobre a morte. A captação de imagens é de Alan Raffo e a montagem é de Pedro Giongo.

Na peça, Diego também interage com objetos visuais criados especialmente para a montagem como uma Máquina de Cavar, criada pelo artista Guto Lacaz, a obra Segunda Natureza, de Milla Jung e um mobiliário de cena, criado por Erica Storer – que assina o cenário de O Coveiro. Também faz parte da montagem, um adereço de cabeça criado pelo estilista Walério Araújo. A trilha sonora é de Edith de Camargo e a iluminação de Beto Bruel.

Os artistas articulam a peça e a instalação a partir do hibridismo de linguagens – para encontrar o público, fazem encontrar teatro, artes visuais e cinema que, misturados, criam uma peça instalação sinestésica a fim de mexer com a percepção dos espectadores e refletir sobre vida e morte.

O Coveiro também apresenta uma canção inédita composta por Ná Ozzetti que grava, pela primeira vez, com a cantora Cida Moreira.

Este projeto encerra as ações de TE(A)TRALOGIA – projeto de construção de 4 peças de teatro autônomas que investigam modos e meios de construir a cena a partir de dispositivos como a criação de matérias textuais em sala de ensaio e a pesquisa de materialidades como agentes dos trabalhos.

O encontro entre os idealizadores deste projeto – Diego Marchioro, Fernando de Proença e Isabel Teixeira – aconteceu em 2016, com a criação da primeira peça da tetralogia: LOVLOVLOV – peça única dividida em cinco choques – trabalho criado a partir das cartas de amor de Carmen Miranda.

Em 2019, estreia a segunda peça deste projeto – PEOPLE vs. PEOPLE – O trabalho explicita a manipulação de discursos que, retirados de seus contextos, podem incriminar e condenar.

Em 2022, entra em cena O Universo está vivo como um animal, terceira peça da TE(A)TRALOGIA criada a partir da vida e obra do cientista Nikola Tesla.

Em 2024, O Coveiro encerra este projeto amplo, apresentando uma peça instalação sobre vida e morte .

Além das peças de teatro, o projeto se alarga a fim de pensar a expansão de ações em teatro: em 2020 cria a áudio série PEOPLE vs. TESLA e, em 2021, o longa documental TE(A)TRALOGIA.

O Coveiro é um trabalho multimídia que oferece, além da peça, uma instalação de mesmo nome que fica aberta à visitação durante a temporada do trabalho.

Ao longo da criação da peça-instalação, o projeto ofereceu 32 oficinas gratuitas com os criadores da Rumo de Cultura, sobre as especificidades da criação da cena, oferecidas para alunos de teatro e pessoas interessadas em processos híbridos de criação de cena contemporânea.

Este projeto foi realizado com recursos do Programa de Apoio, Fomento e Incentivo à Cultura de Curitiba – Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba. Incentivadores: UNINTER, IPO, Divesa e Phil Young ‘s.

Ficha Técnica

idealização e dramaturgia > Diego Marchioro e Fernando de Proença

direção > Fernando de Proença

com > Diego Marchioro

participação em vídeo > Beto Bruel, Cida Moreira, Edith de Camargo, Fernando de Proença, Isabel Teixeira, Ná Ozzetti e Nadja Naira

máquina de cavar, cartelas e identidade visual > Guto Lacaz

obra > Segunda Natureza – Milla Jung

canção original > composição de Ná Ozzetti a partir do poema de Giuseppe Tomasi di Lampedusa

piano e voz > Cida Moreira

voz > Ná Ozzetti

produção musical, gravação e mixagem > Ivan Gomes – Estúdio Lebuá

cenário > Érica Storer

cenotécnico > WL Cenografia – Will Batista

iluminação > Beto Bruel

assistência de iluminação > Wagner Corrêa

trilha sonora > Edith de Camargo

direção de fotografia > Alan Raffo

edição e montagem > Pedro Giongo

técnico de projeção >Pablo Colbert

técnico de som > Derico Santos

figurino -> Diego Marchioro

adereço de cabeça > Walério Araújo

fotografias > Elenize Dezgeniski e Lidia Ueta

design > Julia Brasil

assessoria de imprensa > Fernando de Proença e Paula Melech

estratégia de mídias digitais > Gabi Berbert

libras > Talita Grünhagen – Taé Libras e Cultura

mediação > Roberta Ninin

pesquisa antropológica > Maria Eduarda Rodrigues

direção de produção > Cindy Napoli

produção > Elisa Cordeiro