Pouco aproveitado por Luis Zubeldía, o meia-atacante Galoppo não pensa em deixar o São Paulo. Ao contrário, faz juras de amor ao clube. O argentino recusou proposta do Boca Juniors e ainda confia em mostrar seu valor na atual equipe após passar um bom tempo se recuperando de grave lesão. Pedindo chances, ele usa até o brasileiro Neymar para convencer o treinador a escalá-lo.

“São dois anos, me sinto identificado ao São Paulo, ao País, estou adaptado. Teve proposta do Boca Juniors, outras daqui e de fora. Sempre priorizei o clube. Chegou a proposta, como todo profissional, tem que ouvir os que clubes têm para falar, trabalhamos para isso. Sempre bonito que um clube olhe seu desempenho, mas não passou disso, sempre manifestei a vontade de ficar no São Paulo”, disse, em entrevista à ESPN. “Infelizmente não tem sido da forma que eu queria, que eu pensava. Mas estou feliz com o clube.”

Galoppo garante que vem se dedicando bastante nos treinamentos e até arrancando elogios da diretoria. Ocorre que parece não cair nas graças de Zubeldia, apesar dos 27 jogos disputados no ano. Ele evita um embate com o comandante, mas crê que pode ser útil.

“Para jogar no São Paulo tem que jogar bem, ser bom, todo mundo sabe jogar. O que mais faz falta é sequência. Qualquer um que tiver sequência no São Paulo vai render bem. São grandes jogadores, o que está jogando e o que não está atuando. Estou falando por mim, da minha situação que foi a sequência”, explicou, querendo jogar ao menos três, quatro jogos seguidos para mostrar sua capacidade.

“Fui afetado pela lesão. Depois, não consegui uma sequência, o que jogador precisa. Depois de uma lesão de tanto tempo parado, o jogador precisa ter ritmo, jogos seguidos, não ter 5, 10 minutos, um jogo sim ou não”, afirmou. “Acontece com todo jogador que passa por lesão. Bruno Henrique, Dudu, precisam de ritmo. Neymar vai precisar de ritmo para conseguir jogar, recuperar confiança para voltar ao ritmo normal”, frisou. “Jogador não esquece de jogar. Falta o ritmo.”

Ao mesmo tempo em que clama por oportunidades, contudo, Galoppo sabe que sua permanência depende também da direção. “Essas decisões são pessoais, manifestei desejo de ficar, de ter sequência. Sinto que posso ser importante e ajudar. Minha intenção é continuar aqui, ser importante para o ano que vem, mas o que acontece ninguém sabe. Estou mostrando nos treinos, tentando mostrar nos jogos, que minha intenção e carreira está focada no São Paulo.”