Montagem
Cristina Graeml e Eduardo Pimentel (Fotos: Franklin de Freitas)

A considerar as entrevistas concedidas por Cristina Graeml (PMB) e Eduardo Pimentel (PSD), o embate direto que acontece logo mais entre os dois candidatos a prefeito de Curitiba deve ser dos mais quentes. O debate, o primeiro a ser realizado no segundo turno da eleição municipal, será transmitido pela Band Paraná a partir das 22h30.

Em conversa com jornalistas antes do programa, os dois candidatos já trataram de partir para o ataque, um contra o outro. Críticas não faltaram, bem como apelos aos eleitores. De um lado, Cristina se colocou como a “candidata antissistema” e disse querer se apresentar aos eleitores curitibanos que anseiam por mudança. Do outro, Pimentel chamou a adversária de “aventureira” e ainda a ironizou: “Até hoje, depois de 60 dias, não sei falar uma proposta da candidata Cristina, porque ela só ataca com desinformação e fake news”.

Cristina se coloca como a ‘candidata antissistema’…

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Na chegada à Band Paraná, Cristina reclamou ser vítima de calúnias e não poupou críticas à campanha de Pimentel (Foto: Franklin de Freitas)

A primeira a chegar na Band Paraná para o debate de logo mais foi Cristina Graeml (PMB). Em conversa com a imprensa, a candidata disse querer prestar “muitos esclarecimentos” e se apresentar à população de Curitiba, já que no 1º turno não teve tempo de rádio ou televisão e também participou de poucos debates. Além disso, também não poupou críticas ao seu adversário, aquem chamou de “candidato do sistema”.

“Quero me apresentar aos curitibanos, que estavam insatisfeitos com a atual gestão e essa forma velha de fazer política, suja, cheia de calúnias. E depois o candidato perfumadinho ali pelos marketeiros, fingindo que é da paz, assinando pactozinho pela paz e no dia seguinte enchendo o horário eleitoral de calúnias. Então, o eleitor estava pedindo pra dar esse recado e eu estou aqui para apresentar essa proposta de mudança”, disse Cristina, se colocando como uma candidata antissistema.

Questionada ainda sobre os apoios que teria para o segundo turno do pleito, ela destacou que sua chapa é pura, com dois nomes (ela e o seu candidato a vice, Jairo Ferreira Filho) oriundos dos próprios quadros do PMB (Partido da Mulher Brasileira), um partido pequeno que não fechou coligação com ninguém.

“Mas isso é também um anseio do eleitor, porque ele está cansado dessa velha forma de fazer política. Porque esses apoios não representam força, representam um conchavo, promessa de loteamento da máquina pública, de secretarias, dos vários órgãos públicos, que não funcionam porque estão muito politizados. E é isso que a gente representa em termos de mudança. Vamos fazer processo seletivo para todos os cargos de chefia, dando oportunidade pros funcionários de carreira. É uma oportunidade única de Curitiba respirar ares reais de democracia, o povo chegar ao poder porque assim escolheu”, afirmou ainda a candidata.

… E Pimentel diz que Curitiba está entre a ‘mudança segura’ ou uma ‘aventura da inexperiência e da agressividade’

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Eduardo Pimentel garantiu aos jornalistas: “Se vier com críticas, se vier com ofensa, receberá a resposta à altura” (Foto: Franklin de Freitas)

Eduardo Pimentel chegou um pouco depois à emissora e se disse “animado, feliz e alegre” em poder participar do debate e “trazer à verdade à tona”, afirmando ainda pregar o trabalho “com amor, com preparo e com um plano de governo eficiente”. Em seguida, já emendou a primeira crítica à adversária:

“Até hoje, depois de 60 dias, não sei falar uma proposta da candidata Cristina, porque ela só ataca com desinformação e fake news”, disse o candidato do PSD, pedindo ainda para que o eleitor curitibano compare as duas candidaturas. “Veja quem tem proposta e quem não tem, quem está preparado e quem não está para cuidar da cidade de Curitiba. O que importa agora é a discussão de Curitiba, quem vai cuidar da cidade pelos próximos quatro anos.”

Pimentel também criticou o fato de sua adversária ter cancelado duas entrevista que seriam realizadas na última semana, questionando o que ela teria a esconder para evitar esse contato com a imprensa. “A candidata adversária cancelou duas entrevistas na semana passada. O que tem a esconder? Eu não tenho nada a esconder”, assegurou ele.

Por fim, ainda analisou que a disputa neste segundo turno seria entre a “mudança segura” ou uma “aventura” para a cidade. “No dia 27 de outubro temos uma responsabilidade muito grande. Vamos continuar essa mudança segura na cidade de Curitiba, com os avanços que conseguimos nos últimos anos e que vamos conquistar nos próximos quatro anos, ou se vamos cair numa aventura da inexperiência e da agressividade na cidade. É muito arriscado.”