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Horário de verão pode voltar depois de cinco anos (Fábio Rodrigues-Pozzebom/ABr)

O polêmico horário de verão entra em discussão decisiva nesta terça-feira, 15 de outubro. Isso porque o Ministério de Minas e Energia se reúne com a equipe técnica o prédio da pasta em Brasília para definir a questão.

“O resumo da ópera é que se houver risco energético, não interessa outro assunto a não ser fazer o horário de verão”, afirmou o ministro Alexandre Silveira. O ministro também adiantou que, caso seja adotado o horário de verão neste ano, não haverá impacto no segundo turno das eleições municipais.

Em setembro, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou a volta da adoção do horário de verão no país. Conforme a ONS , há um indicativo de que é prudente adotar o horário de verão. “Temos hoje uma política de planejamento do setor elétrico muito alicerçada na ciência e na busca do equilíbrio entre segurança energética e melhor tarifa para a população. E com base nisso, vamos analisar a situação”, disse à época Silveira.

“Foram apresentados dados objetivos da crise hídrica que estamos atravessando no Brasil. O Cemaden vem medindo os índices pluviométricos nacionais nos últimos 74 anos, desde 1950. E temos hoje o menor índice de todo esse período”, relatou o ministro.

Alexandre Silveira disse que, apesar da indicação da ONS, não há risco energético em 2024 graças ao planejamento adotado. Por isso, a adoção do horário de verão ainda será melhor avaliada. 

No entanto, o ministro destacou que é preciso pensar a longo prazo, com o olhar em 2025 e 2026. Ele afirmou que ainda não está convencido e que é necessário serenidade para avaliar alternativas e conversar com os setores interessados, antes de avançar na discussão.

Instituído em 1931 no Brasil, o horário de verão funcionou continuamente de 1985 até 2019, quando o governo passado decidiu revogá-lo, em abril de 2019, alegando pouca efetividade na economia energética.