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Amoras são uma das frutas mais comuns pelas ruas da cidade (Franklin de Freitas)

Na Rua José de Alencar, bem perto do Viaduto do Capanema, no Cristo Rei, é tempo de pitanga (foto abaixo). Uma árvore há anos floresce com a fruta, e não é raro ver algum morador fazendo a cata ou coleta, além das frutas que caem ao solo. Bem perto dali, um jardinete na esquina com a Avenida Sete de Setembro tem uma amoreira que também dá fruto sempre.

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Curitiba tem diversas ruas com árvores frutíferas. Além das pitangas e amoreiras, há jabuticabeiras, goiabeiras, araças, guabirobas, pés de cerejas, pessegueiros, abacateiros, entre outras muitas frutas, fazendo da cidade um pomar comunitário, já que estas frutas estão à disposição de qualquer um.
No Alto da XV, a linha do trem são margeadas por árvores frutíferas desde a área da Rua Marechal Deodoro até perto da Rua Munhoz da Rocha, no Juvevê/Cabral/Bacacheri. Ali também se destavam as amoreiras, goiabeiras e uma variedade de ameixa amarela.

Os minibosques ou minipomares também podem ser observados na Avenida Marechal Floriano Peixoto, Avenida da Integração, Avenida Wenceslau Brás, Rua Dário Lopes, Rua Omar Sabbag, Rua Enet Dubart, Rua Konrad Adenauer, Rua Benvindo Valente, Rua Quari, entre outras vias públicas.

Diversas praças na cidade também contam com espécies frutíferas.

Pode plantar árvore frutífera na rua?

Mas atenção, plantar árvores frutíferas em logradouros públicos não pode ser feito à vontade. Para o plantio em áreas particulares não há restrição, mas em via pública, além de autorização, é necessário seguir algumas regras.

É preciso respeitar as normas de urbanização da cidade em espaços públicos. A população precisa lembrar que, mesmo que seja só uma mudinha, ela pode ficar muito grande, então talvez não possa ficar perto de casas ou muros, mesmo que dentro do terreno particular.

Além disso, nas ruas, o plantio das árvores deve levar em conta fatores como a existência de fiação elétrica, largura das calçadas e outras características. Essas questões serão avaliadas no momento do preenchimento do cadastro para retirada, para que seja possível indicar a melhor muda para os objetivos do cidadão.

Já o consumo destas frutas devem levar em consideração aspectos ambientais. Mesmo que estejam na “natureza”, é bom lembrar que estão em um ambiente urbano, sujeitas à poluição das ruas e das intempéries, além de outras formas de possíveis contaminação. Na hora de consumir, vale o bom senso.

Governo do Paraná inentiva o plantio de árvores nos municípios
Uma parceria entre as secretarias do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) e das Cidades (Secid) está permitindo o reflorestamento urbano de pequenos municípios do Paraná. Por meio dos programas Paraná Mais Verde e Asfalto Novo, Vida Nova, o Governo do Estado já plantou 123,6 mil mudas de espécies nativas em 67 cidades com até 7 mil habitantes, em localidades como Cafeara (região Norte), Jardim Olinda (Noroeste) e Santa Lúcia (Oeste), entre outras.

Além do aspecto paisagístico, o plantio de árvores ajuda a compensar a emissão de carbono decorrente de obras nos municípios. A estimativa é que, ao fim do projeto, pelo menos 250 mil mudas sejam cultivadas em 330 cidades, em três fases distintas do programa. A iniciativa vai beneficiar cerca de 3 milhões de pessoas.

Entre as mudas que estão ganhando as ruas municipais estão espécies como araçá, cerejeira-do-mato, jabuticaba, pitanga, guabiroba, ipê-amarelo, louro-pardo, canafístula e guajuvira, além de árvores ameaçadas de extinção como a araucária, peroba-rosa, cedro-rosa, imbuia e ipê-roxo.

Elas são cultivadas nos viveiros do Instituto Água e Terra (IAT) que abastecem o programa Paraná Mais Verde e distribuídas para as prefeituras, que se tornam responsáveis pelo plantio. A Secid acompanha todo esse processo, da definição do local do plantio até a elaboração de relatórios sobre a mortalidade das mudas. O IAT é vinculado à Sedest.

O programa Paraná Mais Verde foi criado em 2019 e tem como objetivo despertar a consciência ambiental e aliar o desenvolvimento ambiental, econômico e social por meio da produção e plantio de árvores nativas nas áreas urbanas e rurais.