NATAL
Natal é tema de vitrines de lojas em Curitiba desde outubro (Franklin de Freitas)

No acumulado de janeiro a agosto de 2024, o comércio paranaense cresceu 5,5%, superando o índice nacional, que foi de 4,5%. Já no período de 12 meses, o crescimento no Paraná foi de 3,6%, desempenho similar ao Brasil, que registrou 3,7%. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O bom desempenho nestes primeiros meses do ano deixam o setor otimista para as festas de fim de ano e o resultado final de 2024. “Tudo indica que teremos um ano de 2024 positivo e forte no comércio brasileiro e paranaense”, diz economista e assessor econômico da Fecomércio PR, Lucas Dezordi.

E neste final de outubro, as atenções do comércio varejista se voltam para duas importantes datas para o setor, a Black Friday, no final de novembro, e o Natal, a principal data para os comerciantes.

A data é tão importante que, desde já, muitas lojas já se expõem produtos voltados para o tema natalino, especialmente o de enfeites. Nos shoppings, lojas de decoração específicas para a data estão abertas há alguns meses. Nas ruas, grandes redes também intensificam suas gôndolas e abrem cada vez mais espaço para atrair o consumidor.

NATAL
(Franklin de Freitas)


Black Friday
A Black Friday também promete um impulso. Um levantamento aponta que 62% dos consumidores pretendem gastar até R$ 3 mil nas promoções da Black Friday. Outros 64,3% planejam as compras, 44% têm guardado dinheiro nos últimos meses e 20,3% vão reservar parte do 13º salário para aproveitar as ofertas.

Os dados são da Pesquisa de Intenção de Compras, realizada por Tray, Bling, Melhor Envio e Vindi, marcas da LWSA, com mais de 3 mil pessoas em todo país, mostra que o consumidor brasileiro tem se preparado cada vez mais cedo para a Black Friday.

A pesquisa de Intenção de Compra para Black Friday 2024 mostra que os consumidores começam a pesquisar produtos e preços com antecedência.

Queda em agosto
Em agosto, o comércio varejista ampliado no Paraná apresentou uma queda de 1,3% em comparação com o mês anterior, enquanto no Brasil a retração foi de 0,8%, conforme os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar desse recuo pontual, o estado teve um crescimento expressivo de 5,2% em relação a agosto de 2023, acima da média nacional, que foi de 3,1%.

O economista e assessor econômico da Fecomércio PR, Lucas Dezordi, ressalta que a queda do comércio em agosto em relação ao mês de julho não representa uma mudança de tendência, mas apenas um ajuste no volume de vendas.

Entre as atividades que se destacaram em agosto de 2024, na comparação com o mesmo mês de 2023, estão o setor de veículos e motocicletas, que cresceu 16,6%, e móveis e eletrodomésticos (14,5%).

Brasil
Intenção de consumo apresenta queda

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) recuou 0,6% de setembro para outubro, descontados os efeitos sazonais, o quarto resultado negativo consecutivo e o mais intenso no período. A diminuição da intenção pode ser percebida também na análise anual, com queda de 1,2%. O indicador ainda se mantém no nível de satisfação com 103,2 pontos; porém, está no menor patamar desde março deste ano. É o que revela a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Segundo a CNC, todos os componentes apresentaram movimento de queda, com exceção da Perspectiva Profissional, que não apresentou alterações. O Momento para Duráveis teve a maior redução da sua taxa, apresentando uma redução anual igual à sua redução no último mês (-1,8%). Na análise geral, o Emprego Atual é o item com maior pontuação na ICF, o que demonstra a satisfação dos trabalhadores. Em outubro, a Perspectiva Profissional dos consumidores foi o único item que não obteve redução na comparação mensal, mantendo o menor saldo desde junho de 2023.

O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, diz que os consumidores estão mais cautelosos em relação ao consumo. “O principal subindicador do índice foi a queda de intenção de consumo de bens duráveis, caindo 1,8% na variação mensal, e o consumo de perspectiva em curto prazo também caiu, com 1,2% de queda no mês. (ABr)