Na próxima quarta-feira, dia 26, há o lançamento do livro “A Banda Polaca”, de Dante Mendonça, Editora Novo Século. O evento inicia às 18 horas, na Casa Romário Martins (Largo da Ordem, Centro Histórico de Curitiba).
Apresentado como “A História e o Humor dos Imigrantes Polacos em Curitiba – Piadas e ‘causos’ que retratam o jeito paranaense de fazer humor”, o livro, além das ilustrações, conta também com escritos de Márcia Széliga, da época em que estudou na Polônia.
Diz ela: “Foi assim que começou a história de ilustrar esse livro. Eu desenhei no passado algo que o Dante me pediria no futuro, agora presente em ‘A Banda Polaca’. Entrei num túnel do tempo e fui parar na Polônia, em Cracóvia, lápis e papel na mão, desenhos safra 1989. Tudo bem que outros são vinho fresco, recém saídos dos barris de carvalho da imaginação (ou seriam provenientes de butelkas de vódka?). Importa é que fui estudar Desenho Animado na Academia de Belas Artes de Cracóvia, e chegar lá em 89 ou 40, 50, 60 anos atrás dá tudo na mesma. Foi um tempo de antes, de costumes distantes no espaço, de figuras interessantes, caricatas, umas sisudas, outras carismáticas, no silêncio polonês. Lá entendi minhas raízes, lá entendi Curitiba. E nesse traço quieto, na captura da expressão de cada rosto, da velha com seu gato manso à Romisetta levando um louco, esse é o sangue polaco que trago na veia.”
Ou então, a garçonete à la Montserrat Caballé, desenho extremamente descritivo que, em traços certeiros, faz um retrato de intensa penetração psicológica. São notáveis o poder de observação e a conseqüente apreensão da figura que resulta num traçado sintético imediato, que permite à artista a adesão “a posteriori” de certos detalhes, pinçados aqui e ali, que acabam por burilar a personagem e ajudam a deslindar sua personalidade.
Continua a artista: “Vocês verão no livro desenhos feitos em páginas de caderno, das minhas aulas de Língua Polonesa, com anotações em polonês. Verão também os tipos que circulam naquela maravilhosa Polônia e que contam os ‘causos’ que lá vivi. E também verão desenhos inspirados nos ‘causos’ contados pelo Dante, das marcas deixadas pelo imigrante polonês em nossa cidade, tudo com um toque requintado de humor.  Zaproszemy!”
Formada pela EMBAP em 1984, Márcia possui Especialização em Desenho Animado pela Academia de Belas Artes em Cracóvia, Polônia, curso realizado entre 1989 e 1991. Ministrou cursos de extensão na Universidade Federal do Paraná, sobre Ilustração de Livro Infantil, em 1993-94. Participou das Mostras do Desenho Brasileiro e do Salão Paranaense, nas suas 38ª, 42ª e 43ª edições. Foi representante do Paraná na Mostra Coletiva Surrealismo no Brasil, Pinacoteca do Estado de São Paulo, 1989.
Realizou individuais no Centro Cultural Brasil Estados Unidos, Curitiba, 1982; Galeria de Arte Banestado, Ponta Grossa, 1984; Galeria Forum, Cracóvia, Polônia, 1991; Salle Ariel, Maison Internationale, Paris, França, 92; Contos em Lápis de Cor – Galeria Associação dos Artistas Plásticos do Paraná, 93; Da Amazônia à Polônia em um Arco-Íris, Gibiteca de Curitiba, 94. Álbum de gravuras “Lendas Curitibanas”, na Livraria Dario Vellozo, 94. “Ciclos Férteis”, Jokers Café, Ctba., 2003. Assembléia Legislativa do Paraná, 2003. 1a Mostra de Ilustração Paranaense, MAC/PR, 96. “Gente grande no mundo da criança”, Galeria da Caixa, 98.
Criou a Espheris Ilustrações e Desenho Animado Ltda. Expôs na 20a. Bienal de Ilustrações de Bratislava, Tchecoslováquia, 2005 e está participando da 3a. Ilustrarte 2007, em  Barrero, Portugal.
De 2001 a 2006, foi a representante no Paraná da Associação de Escritores e Ilustradores do Livro Infanto Juvenil/AEILIJ; é Associada à Sociedade de Ilustradores do Brasil/SIB; Associação Brasileira do Cinema de Animação/ABCA e Fundação Nacional do Livro Infanto-juvenil/FNLIJ.
Possui 30 livros publicados em edições destacadas e ilustrou coleções inteiras de 1a a 4a séries: “Lições Curitibanas”, para a Prefeitura de Curitiba, em 93, e Projeto Cidadão Mirim, da Ed. OPET, em 2005, 06 e 07.
Com “Teatrando”, de Alice Fagnani Simonati, Ed. Elementar, recebeu o “Prêmio Altamente Recomendável da Fundação Nacional do Livro Infanto Juvenil”, na 17ª Bienal do Livro de São Paulo, em 2002. Foi também premiada com três cartazes na campanha VIVALEITURA, Ministério da Cultura, Ministério da Educação, Sindicato Nacional dos Editores de Livro. 2005