O resultado médio da rede federal no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) nas três áreas (leitura, ciência e matemática) foi 528 pontos, contra 502 da rede particular. Numa analise superficial, o ministro da Educação, Fernando Haddad fez o seguinte comentário: É uma rede pequena, mas é a prova de que o setor público sabe oferecer uma boa educação. Para isso, tem de remunerar bem o professor, investir em laboratório e investir em educação integral. Todos são componentes do sucesso educacional, ressaltou.

Se analisarmos mais profundamente, percebemos que os estudantes das escolas federais ficaram com resultados melhores do que a rede privada brasileira por alguns motivos que dependem da educação particular. Vejamos:

As escolas federais brasileiras, aqui incluídas os Colégios Militares e os CEFET- Centros Federais de Educação fazem vestibulares com mais de 50 candidatos por vaga. Invariavelmente os aprovados são oriundos das melhores escolas particulares.

Essas instituições têm excelente infra-estrutura, com investimentos de mais de R$900,00/mês por aluno, de custo. As escolas particulares mais caras podem ultrapassar esse valor, mas de faturamento. Precisamos considerar que as escolas particulares pagam impostos, a base de 40% da receita.

Após fazer essas considerações, podemos concluir que a escola particular brasileira vem desempenhando seu papel. Faz uma educação desde a base, inclusiva e respeitando as diferenças e a grande diversidade brasileira.

Ficando evidente a maior eficiência da iniciativa privada, tanto no que diz respeito à qualidade do ensino oferecido, bem como na gestão dos recursos arrecadados através das mensalidades, pois além de praticar preços mais adequados do que as escolas públicas da rede federal, ainda contribui para a arrecadação de impostos.

Ao analisarmos os resultados do Pisa com um pouco mais de critério, podemos observar que a Educação Básica no Brasil deixa muito a desejar. Os resultados são muito ruins, pois precisamos considerar que a grande maioria, quase 90% dos nossos estudantes da educação básica estão nas escolas públicas, e os resultados obtidos nessas escolas são inaceitáveis para um país que precisa crescer e se desenvolver. Os resultados divulgados colocam as escola particular brasileira entre os 10 países melhores avaliados, ou seja, a escola particular vai bem obrigado, apesar de todos os percalços.

Ademar Batista Pereira – Presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná, Sinepe/PR.