Francisco Minoli

OFICINA GASTRONÔMICA

O
Mediterrâneo

A partir desta semana iremos contemplar um pouco de uma
cultura, que na verdade é formada pelas culturas de praticamente todas as partes
do Planeta.
Os arredores do mar Mediterrâneo são de uma riqueza enorme tanto
material quanto espiritual, e como não poderia deixar de ser, a gastronomia vem
sendo apontada como a mais saudável das dietas.
Não é a toa que o
Mediterrâneo é o conhecido como o berço da nossa civilização.
Espero que
muitos gostem dessa cultura, pois ela será o tema do meu Bistrô, que estará
abrindo suas portas dentro em breve na cidade de Curitiba.

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Um pouco da história

Desde os anos 1950, os profissionais de saúde têm estudado as
dietas dos povos mediterrâneos.
Os gregos, particularmente os de Creta,
tinham a maior expectativa de vida no mundo até 1960, seguidos pela população do
Sul da Itália, Espanha e França.
Os aspectos importantes da dieta
mediterrânea são a alta ingestão de cereais, grãos, hortaliças, leguminosas
secas, azeite de oliva, alho, ervas frescas, frutos do mar e frutas. O vinho é
consumido com a alimentação em moderação. Carne e aves são também consumidos com
moderação. As gorduras animais na forma de manteiga, creme ou toucinho, não são
incluídas na dieta.
Muito da alimentação atual do Mediterrâneo pode ser
rastreada dos tempos antigos.
A área que compreende o Mediterrâneo consiste
em 3 continentes e mais de 15 paises.
Alguns dos paises que influenciam a
dieta mediterrânea são: Portugal, o sul da Espanha, o sul da França, o sul da
Itália, Grécia, Creta, sul da Turquia, Síria ocidental, Líbano ocidental, Israel
ocidental, norte do Egito, norte da Líbia, norte da Algeria e do Marrocos.

 Foi nas costas do Mediterrâneo que a Civilização Ocidental começou.
A
oliveira, trigo, frutos do mar e carnes eram realçados pelas especiarias árabes
do Leste.
Os árabes tiveram grande influência na Dieta Mediterrânea,
trazendo nozes, açafrão, arroz, espinafre, açúcar de cana e laranjas à região. É
lógico que cada país tem a sua própria maneira de prepará-los, tendo adaptado os
ingredientes ao sabor local. Mas o que se pode perceber é que existe um consumo
comum dos mesmos ingredientes, e até mesmo
na cocção o resultado é bastante
promissor, pois embora consumam mais do que as taxas preconizadas para o índice
de gordura diária, a saúde de seus longevos, com atividades normais em idades
avançadas, faz com que paremos para pensar nos parâmetros que regem a atual
dieta ocidental.
Vamos fazer uma breve exposição dos ingredientes, receitas e
características da dieta mediterrânea.
A maioria das suas receitas consiste
em ingredientes naturais e saudáveis.
Uma melhor compreensão da alimentação
mediterrânea pode tornar nossas dietas mais saborosas, desfrutáveis e saudáveis,
tirando a conotação de que uma dieta tem de ser insossa e monótona.

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Dieta
Mediterrânea

Azeite de oliva e saúde — É um dos pilares da dieta mediterrânea, não
somente por suas características sensoriais e sua boa aceitação, mas também
pelos efeitos benéficos demonstrados na saúde.
Homero, entendendo seus
efeitos benéficos, chamou-o de “ouro líquido” e os romanos ampliaram seu cultivo
por todo seu Império. A chegada dos árabes à Península Ibérica proporcionou um
importante impulso no suco da azeitona, que eles chamaram de az-zait, o azeite.
Deste então até nossos dias, o azeite de oliva tem merecido atenção e elogio de
escritores e entendidos em nutrição e gastronomia.

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