O técnico Ricardo Drubscky mudou o estilo de jogo do Atlético. A alteração apareceu em campo, desde o primeiro jogo dele no comando, naquele 0 a 0 com o Goiás, em 16 de junho. E agora está nítida também nas estatísticas.
Com Juan Ramón Carrasco, que treinou o Atlético de janeiro a junho, o time usava um 4-3-3 exótico, com muitos lançamentos diretos da defesa para o ataque e com os pontas abusando dos dribles.

O uruguaio dirigiu a equipe nas cinco primeiras rodadas da Série B, período em que o time apareceu nas primeiras posições em lançamentos e dribles, e entre os últimos no volume de passes. Agora, após 13 partidas com Drubscky e nove com Jorginho, é o 5º time que menos dribla (média de 8,8 por partida), segundo dados do FootStats, no site IG. O Atlético é o 2º com mais passes certos (301 por jogo) e caiu para 11º em lançamentos.

Os números retratam bem o esquema tático 4-2-3-1 adotado por Drubscky desde junho e mantido por Jorginho entre julho e agosto. Temos uma maneira muito definida de jogar. Temos alguns conceitos coletivos: jogar perto, subir e voltar juntos, entrar por dentro e também atacar pelas beiradas, explica Drubscky.

O estilo de jogo do atual treinador tem laterais ofensivos e dois volantes em linha – João Paulo pela esquerda e Deivid pela direita. Esses quatro iniciam os ataques se aproximando dos três meias ofensivos – um centralizado e dois abertos pelos lados do campo. É um sistema que funciona essencialmente com trocas rápidas de passes.
Apesar da boa fase do time na Série B, Drubscky afirma que o time atual ainda não é um retrato fiel da sua filosofia de trabalho. Se me perguntarem: esse grupo é a sua cara? Não é. Daqui seis meses, um ano, daí sim a gente pode dizer: esse é o grupo do Ricardo, afirmou.


NA BAIXADA

Renato Chaves
O zagueiro Renato Chaves, 22 anos, sofreu uma lesão no joelho. Ele ainda não estreou pelo Atlético. Se for necessária uma cirurgia para a recuperação, o atleta corre o risco de voltar apenas em 2013.

Recuperados
O zagueiro Bruno Costa, o lateral-esquerdo Wellington Saci e o volante Renan Foguinho estão recuperados de lesões e já treinam normalmente com o grupo. Eles passam a disputar posição no banco de reservas, já que os titulares dessas posições vivem excelente fase na Série B.

Harrison
O meia Harrison, em fase final de recuperação, pode ficar no banco de reservas no jogo de sábado, contra o Bragantino. O mais provável, porém, é que esteja em melhores condições na rodada seguinte, contra o América-MG, em 6 de outubro às 14 horas, no Ecoestádio.