Blog do Zé Beto

Amanhã, terça, às 16h, Marry Ducci, primeira dama do município, terá a presença de funcionários da Fundação de Ação Social (FAS), entidade que preside, na frente da sede no Campo Comprido. O povo que cuida da assistência social em Curitiba está em pé de guerra porque resolveram transformar a chamada DSR (leia-se horas extras) em banco de horas. Ou seja, quem trabalha fora do expediente passará a “compensar” com folgas – e não receber em dinheiro. Acontece que os “educadores sociais”, funcionários que lidam com os despossúídos, percorrendo
em Kombis as ruas e vielas da cidade,  ganham pouco para o nobre trabalho que exercem. Concursados classificados como “Padrão A”  recebem “salário” de R$ 581, na escala da Prefeitura, para manter a fachada da “capital ecológica”. Vão à luta porque, com as horas extras, dão uma melhorada no rendimento do final do mês. Quem pensou na nova ordem das coisas certamente não deve ter circulado numa viatura do chamado  ”resgate social”  para conferir como é negociar com mendigos e abandonados da cidade. Esse pessoal é o responsável pelo difícil trabalho de convencer os moradores de rua a ir para o imóvel da rua Conselheiro Laurindo onde recebem cama e comida. Os manifestantes desta terça estão tendo dificuldades em conter alguns “xiitas” que ameaçam gritar “volta Fernanda, volta”, referindo-se à Fernanda Richa, primeira dama do Estado e ex- comandante da FAS. Para completar, dona Marry Ducci deverá receber uma lista com os nomes dos apaniguados de vereadores e assemelhados que estão no “come e dorme” na Fundação. A turma que trabalha os considera mendigos dos notórios “cargos de confiança”. Não fazem nada.