agosto lilas

O mês de agosto, conhecido como Agosto Lilás, é dedicado à conscientização e combate à violência contra a mulher. O destaque é dado a importância de políticas públicas e iniciativas sociais que promovam a proteção e o empoderamento das mulheres no Brasil. Este período também é uma oportunidade para refletir sobre a Lei Maria da Penha, que, ao completar mais um ano, continua sendo uma legislação crucial no enfrentamento da violência doméstica e familiar.

Para entender melhor o impacto do Agosto Lilás e o papel do autoconhecimento na luta contra a violência, conversamos com o Psicólogo Romanni Souza, CEO do Instituto Romanni. Segundo ele, “é essencial que as mulheres olhem para si mesmas e reconheçam o seu valor. O autoconhecimento é um pilar fundamental para que elas se fortaleçam internamente e saibam que têm direitos, que são importantes e merecem respeito.”

Romanni Souza destaca que o autoconhecimento permite às mulheres identificar suas emoções e reconhecer situações de abuso com maior clareza. “Quando uma mulher se conhece profundamente, ela se torna mais segura e capaz de tomar decisões que preservem sua integridade física e emocional,” explica o psicólogo. Ele enfatiza que, além do autoconhecimento, fatores como a dependência financeira e emocional frequentemente contribuem para a permanência das mulheres em relacionamentos prejudiciais.

“O principal fator que mantém muitas mulheres em relacionamentos tóxicos é a dependência financeira. Fornecer conhecimento e recursos para que elas possam alcançar a independência financeira é crucial para que possam sair dessas situações,” afirma Souza. “Além disso, a dependência emocional, que pode ser criada quando um parceiro faz a mulher acreditar que não encontrará ninguém melhor ou que não tem valor, prejudica a autoestima e pode levar a uma sensação de desamparo,” completa.

O psicólogo também aborda o impacto do ciúme patológico, frequentemente associado à violência. “O ciúme excessivo geralmente está ligado a uma baixa autoestima. Pessoas que manifestam ciúmes patológicos muitas vezes têm medo de perder a parceira para alguém que julgam ser melhor. Isso pode levar a comportamentos abusivos,” explica Souza. Ele sugere que o autoconhecimento e a interação com novas pessoas podem ajudar a quebrar esse ciclo, fortalecendo a autoestima e permitindo que a mulher veja seu verdadeiro valor.

A violência contra a mulher pode se manifestar de várias formas, cada uma exigindo uma abordagem específica para o enfrentamento e prevenção.

Os tipos de violência incluem:

Violência Física: agressões que causam dano à integridade ou saúde corporal da mulher.
Violência Psicológica: comportamentos que causam dano emocional e diminuição da autoestima, como ameaças, humilhação e isolamento.
Violência Sexual: ato ou tentativa de manter relação sexual não consentida pela mulher.
Violência Patrimonial: retenção, subtração, destruição parcial ou total dos bens da mulher.
Violência Moral: calúnia, difamação ou injúria.

A conscientização e o fortalecimento dos direitos das mulheres são mais importantes do que nunca. Através do autoconhecimento, as mulheres podem se empoderar e se preparar para enfrentar e superar as situações de abuso, criando um ambiente onde o respeito e a dignidade prevalecem.