close-up-woman-holding-coffee-cup
Vai um cafezinho aí? (Freepik)

No cotidiano brasileiro, o café após o almoço é quase uma cerimônia obrigatória, um momento sagrado que marca a transição entre a refeição e o retorno ao trabalho. No entanto, uma pesquisa recente da Ticket nos revela que esse prazer, aparentemente pequeno, está começando a pesar mais no bolso dos trabalhadores do que gostaríamos de admitir.

De acordo com o levantamento feito pela Ticket, que analisou mais de 4,5 mil restaurantes em todo o país, o custo médio do cafezinho pós-almoço chegou a R$ 5,29 em 2024. Parece pouco, mas, considerando 22 refeições em dias úteis, ao final do mês o gasto com a bebida terá sido de R$ 116,38, o que equivale a mais de duas refeições completas.

Leia também

Pois é, caro leitor, aqueles pequenos goles de café estão se acumulando e transformando-se em uma despesa substancial. Se você é daqueles que adora um cafezinho a mais, pode estar pagando, ao final do mês, o equivalente a um jantarzinho mais caprichado. Nada como um bom cafezinho para fazer do seu bolso um verdadeiro campo de batalha entre prazer e finanças!

O levantamento revela uma uniformidade intrigante: em todas as regiões do país, o preço do café representa cerca de 10% do custo da refeição completa. Contudo, a realidade é um pouco mais diversificada. No Sudeste, por exemplo, o café custa R$ 5,70, enquanto a refeição completa gira em torno de R$ 54,54. Já no Nordeste, a refeição custa R$ 49,09 e o café, R$ 4,89. A diferença é sutil, mas o impacto no final do mês pode ser significativo.

Na Região Centro-Oeste, o café tem uma fatia menor no valor total da refeição, custando R$ 3,85, em comparação com o preço médio da refeição de R$ 45,21. No Norte, o café custa R$ 3,98, enquanto o almoço gira em torno de R$ 45,41. Parece que, na briga pelo bolso do consumidor, o Norte e o Centro-Oeste estão mais amigáveis, pelo menos no que diz respeito ao café.

E se você pensa que o café coado é uma opção econômica, tem razão. O preço médio do café coado é de R$ 3,96, comparado ao R$ 6,51 do expresso. A diferença é clara: o expresso custa 64% mais caro que o coado. No entanto, se você estiver disposto a desembolsar um pouco mais por um cafezinho mais refinado, o expresso é a escolha certa. De qualquer forma, não podemos ignorar o fato de que a bebida coada é servida em 58% dos restaurantes pesquisados, sendo uma opção mais popular e muitas vezes cortesia em estabelecimentos mais simples.

Enquanto o café expresso, servido em 25% dos locais, está mais associado a restaurantes mais sofisticados. A escolha entre o café coado e o expresso pode, portanto, ser um reflexo não apenas de gosto, mas também do seu orçamento disponível. Afinal, nada como um café expresso para dar um toque de classe ao seu dia, mesmo que isso signifique sacrificar um pouco do seu orçamento destinado à alimentação.

O cafezinho pós-almoço, um pequeno luxo cotidiano, está se tornando uma despesa significativa para muitos. Como qualquer outro item de consumo, seu custo pode ser gerido com mais atenção e planejamento. Para os trabalhadores, a pesquisa oferece uma oportunidade para reavaliar suas opções e ajustar seus hábitos de consumo. Para os estabelecimentos, é um dado crucial para entender o comportamento de seus clientes e adaptar suas ofertas.

No fim das contas, seja coado ou expresso, o café é mais do que uma simples bebida; é uma parte fundamental da nossa rotina diária, uma pequena indulgência que, por mais que pareça insignificante, pode impactar profundamente nossas finanças pessoais. Portanto, da próxima vez que pedir um cafezinho, lembre-se: você está pagando por um momento de prazer e, possivelmente, por um pequeno rombo no orçamento!