Kur it tiba, no guarani, e Kuri chiba, em japonês

Em 1935, o Norte do Estado —Londrina —, já contava com cerca de 100 famílias japonesas.

Bem Paraná

Em 1935, o Norte do Estado —Londrina —, já contava com cerca de 100 famílias japonesas. Assaí, cujo nome repete o som de Asahi (sol nascente, em japonês) erguia-se com a vinda da Bratac, firma de colonização japonesa, e Arapongas registrava a presença da Colônia Esperança, núcleo colonial originado da instalação de uma igreja católica.

No Sul, a história oral registra que Diutaro Matsuoka e Eihati Sakamoto desembarcaram do Kasato Maru em 1908 e alcançaram Curitiba em 1909, fazendo o trajeto a pé via Registro, na divisa de São Paulo com o Paraná. Mas não existem documentos que comprovem essa versão. Entre 1910-15, a presença japonesa na Grande Curitiba se limitava praticamente a cinco pessoas: Shuhei Guintaro, Takeo Goto, Toyoshigue Murassaki, Hideo Suguiyama e Shingo Matsuda.

Uma coincidência está na origem Guarani do nome de Curitiba: Kur it yba, na linguagem dos índios, quer dizer pinhal. Na sonoridade e no significado, a palavra guarda estreita semelhança com Kuri chiba, que em japonês quer dizer “lugar da castanha”, ou do pinhão. Em Curitiba residiu por mais de 15 anos, o pioneiro da imigração japonesa no Brasil, Ryu Midzuno. Após sua morte em 1951 em São Paulo, a viúva Maki Midzuno fixou residência em Curitiba, onde veio a falecer e foi sepultada em 1996, deixando filhos e netos.
Imin Matsuri — Festival folclórico, gastronômico e cultural da comunidade nipo-brasileira de Curitiba (Matsuri) de 20 a 22 de junho no Pavilhão de Exposições do Parque Barigui.