Laboratório de Curitiba começa a campanha de vacinação contra HPV

Ela é voltada para jovens de 9 a 26 anos

Redação Bem Paraná, com assessoria

O Laboratório Frischmann Aisengart começou neste mês de outubro a campanha de vacinação contra o HPV (Papiloma Vírus Humano), considerada a mais difundida doença sexualmente transmissível e a principal causa do câncer de colo de útero, vagina e vulva. A campanha tem como foco os jovens de 9 a 26 anos, uma vez que a doença é transmitida desde o início da vida sexual. A maioria das pessoas adquire o HPV nos primeiros três anos em que passam a ter relações sexuais, afirma Jaime Rocha, infectologista do Laboratório Frischmann Aisengart. 

O médico explica que a vacina é mais eficaz quando realizada entre 10 e 14 anos de idade. Estima-se que mais 70% dos homens e mulheres sexualmente ativos entrem em contato com um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas, afirma o médico. Normalmente, o contato se dá no início da vida sexual. No caso das mulheres, 46% entram em contato com o vírus nos dois primeiros anos de vida sexual ativa; já 60% dos homens entram em contato nos três primeiros anos. Por conta disso, o recomendável é vacinar os adolescentes antes mesmo do início da atividade sexual, diz o especialista.

Embora não substitua outros métodos de prevenção nem permita o abandono do uso de preservativos, a vacina é mais uma arma contra a doença, já que se trata de um vírus altamente contagioso. Tanto que, a partir de 2014, o Ministério da Saúde vai vacinar meninas de 09 a 11 anos. A meta, segundo o governo, é vacinar 80% do público-alvo. A incorporação desta vacina ao Sistema Único de Saúde (SUS) foi anunciada em julho deste ano.

As vacinas contra o HPV são administradas em três doses. A primeira é dada na data escolhida, a segunda com intervalo de 30 a 60 dias (dependendo da vacina utilizada – bivalente ou quadrivalente) e a terceira com 6 meses de intervalo da primeira dose. Resultados dos estudos clínicos demonstraram eficácia de 99% para câncer de colo de útero, 100% de proteção para lesões de alto grau de vagina e vulva e 99% para lesões genitais externas. Embora elas sejam indicadas para a faixa etária que vai dos 9 aos 26 anos, a vacina têm excelente eficácia em pessoas com mais idade.

Os homens também estão relacionados às doenças que podem aparecer em forma de verrugas genitais, câncer de ânus, câncer de laringe e câncer de pênis. Portanto, os homens também devem se preocupar com a prevenção. A vacina indicada para os homens é a quadrivalente, que age contra os tipos 6, 11, 16 e 18.
Segundo o médico, o contato sexual é a maneira mais comum de contágio, incluindo o sexo oral e as chamadas preliminares. Isso porque somente o simples atrito da mão, boca ou genitais com a mucosa infectada já é suficiente para contaminação pelo vírus.

Além disso, por ser uma doença silenciosa, que na maioria das vezes não apresenta sintomas, é muito importante se precaver de todas as formas e consultar regularmente um especialista para realizar exames periodicamente.

Serviço:
www.labfa.com.br
4004-0103
Unidades de Vacinação: Batel II (Rua Alferes Ângelo Sampaio, 1299, Batel) e Alto da XV (Rua XV de Novembro, 3101)

Como reduzir o risco de contágio pelo HPV genital?
– Reduzir o número de parceiros sexuais – quanto maior o número de parceiros, maior o risco de contrair e/ou transmitir qualquer DST;
– O uso do preservativo é imprescindível, mas no caso do HPV não é suficiente, pois o vírus pode estar alojado também em partes da área genital que estão fora do alcance do preservativo;
– Se houver suspeita de que o parceiro sexual tenha qualquer DST é altamente recomendável consultar o médico. Até que isto seja feito, também é recomendável abster-se das relações sexuais com este parceiro, até que o tratamento seja realizado, se for o caso;
– Não compartilhar objetos de uso íntimo com outras pessoas e fazer higiene de objetos de uso comum (como toalha e vaso sanitário);
– Vacinar-se antes do início da vida sexual. A idade recomendada é dos 9 aos 26 anos.