No Dia das Mães, um alerta

Rosanne Martins

Muito embora eu tenha acumulado alguma experiência ao ser mãe de três filhos, ainda assim não me sinto totalmente qualificada para falar sobre a responsabilidade de gerar, criar e educar um filho: um desafiador e importante papel, capaz de influenciar, sobre maneira, as sociedades futuras. No entanto, quero arriscar um alerta a respeito do comportamento tirano e exacerbado de uma geração de crianças dominadoras, apontado no artigo publicado pela Folha de São Paulo no dia 12 de março de 2013.

É no ventre materno que uma curiosa e misteriosa relação psíquica, emocional e biofísica tem início. E muito antes da relação verbal se instalar, existe outra comunicação muito mais sutil e inseparável, eternizada no momento da concepção. Esta linguagem quântica que os cientistas estão apenas começando a entender, que é o poder intrínseco da união, é em minha opinião, o começo da grande responsabilidade materna!

No entanto, embora interessante, não é esta misteriosa relação que desejo explorar. Ela é pertinente apenas para reforçar a idéia da complexidade da vida e do corpo humano, e da capacidade que as mães têm de interferir no desenvolvimento emocional e físico das crianças. Veja como e por que uma simples mudança na alimentação poderá fazer toda a diferença no comportamento das crianças da era industrial:

Pesquisas científicas têm mostrado que alimentos processados contendo açúcares, aditivos químicos, corantes artificiais e conservantes, usados em centenas de alimentos e bebidas infantis, podem causar acessos de birra e comportamentos disruptivos em crianças. Reações do tipo alérgicas e intolerância alimentar podem interferir no comportamento por questões físicas de desconforto ou, como é o caso de alguns aditivos químicos artificiais, podem alterar os níveis de hormônios e neurotransmissores do cérebro.

Pesquisa feita com um grupo de crianças de três anos de idade indicou que estas crianças têm dificuldades de concentração, perdem o bom-humor, são hiperativas, e têm dificuldades de adormecer quando tomam suco de frutas contendo corantes e conservantes.

Recentemente, fatores nutricionais também demonstraram implicações em alterações genéticas associadas ao desenvolvimento do autismo. Mas não são apenas os alimentos oferecidos às crianças que podem causar problemas, uma dieta alimentar pobre em nutrientes durante a gestação aumenta os riscos de a criança nascer com distúrbios do neurodesenvolvimento.

A mais de vinte anos, Hafer, pesquisador Alemão e farmacêutico, observou que o alto consumo de fosfatos se relacionava à problemas comportamentais, dificuldades com o aprendizado, delinqüência juvenil e muitos outros problemas de saúde. Hoje sabemos que gerações de homens e mulheres sensíveis ao consumo de produtos com fosfatos podem ter desenvolvido ou desenvolver problemas de ADD/ADHD – Déficit de Atenção/Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.

É sabido que o mau comportamento infantil tem muitas causas, no entanto, antes de recorrer, sem sucesso, às questionáveis palmadinhas disciplinares, hoje as mães devem estar atentas, também, aos alimentos fornecidos às crianças e ao rótulo dos produtos processados. A indústria dispõe de uma enorme gama de produtos químicos para preservar os alimentos e estes estão na mira dos pesquisadores como os possíveis responsáveis pelo comportamento hiperativo, controlador e birrento de uma geração infantil em ascensão.

Portanto, se você é mãe e deseja prevenir e evitar que os seus filhos desenvolvam comportamentos controladores, hiperativos, mal-humorados e se tornem pequenos déspotas, confira a lista com os principais alimentos e aditivos artificiais que devem ser evitados.

Lembre-se, é importante criar o hábito de examinar o rótulo dos produtos e, na medida do possível, optar por uma alimentação saudável e de preferência orgânica. Alimentos capazes de sobreviver nas prateleiras dos supermercados durante várias semanas são suspeitos. Fique de olho e garanta às crianças uma vida feliz e bem-humorada!

• Adoçantes artificiais: Sacarina, aspartame, acessulfame de potássio – Encontrados em refrigerantes diets, chicletes, gelatinas, iogurtes e medicamentos. Convertido em ácido fórmico, o aspartame é poderoso veneno e o acessulfame de potássio possível carcinogênico.

• Corantes artificiais: Todos que no rótulo comecem com a FD e C ou Tartrazina – Presentes em milhares de alimentos e remédios. Pesquisas associam estes corantes a altas taxas de asma e reações alérgicas. Podem desencadear sintomas da doença Lupus e estão associados ao Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, ADHD/ADD. Encontrados em chicletes, balas e etc.

• Conservantes: Sorbatos – Encontrado em margarinas, patês, bolos e produtos com frutas.

Benzoatos – Encontrado em sucos, refrigerantes e medicamentos. Aparentemente, a combinação de certos corantes com benzoatos promove a hiperatividade em crianças.

Sulfitos – Encontrados em frutas secas, sucos de frutas, salsichas e muitos outros alimentos e medicamentos. O sintoma mais comum é a broncoconstrição ocasionando dificuldades para respirar. Mas também podem causar muitos outros problemas alérgicos respiratórios.

Propionatos – Encontrado em pães e produtos de padaria. São muitos os problemas de saúde associados a este conservante, sendo os efeitos cumulativos. Dores de cabeça, de estômago, alergias, irritabilidade, dificuldades para dormir, falta de concentração. Bebes choraram incontrolavelmente após mamar o leite cujas mães haviam ingerido pães com propionatos. Nitratos e Nitritos – Encontrados em carnes processadas – presunto, bacon, salsichas. Nitratos, quando transformados em nitritos são forte agentes causadores de câncer.

Rosanne Martins

Bióloga, química, terapeuta holística, palestrante motivacional e autora do
Livro Por Que Sonhar Se Não Para Realizar?. Site www.rosannemartins.com.br