A aterosclerose é causada pelo envelhecimento dos vasos da circulação arterial (que faz a irrigação dos diversos órgãos e membros do corpo). Quando isso acontece, pode ocorrer uma degeneração da parede dessa circulação, desenvolvendo assim, estreitamentos, entupimentos dos vasos da circulação arterial, ou até mesmo, um enfraquecimento na parede, evoluindo para dilatações das artérias, os chamados aneurismas.
Segundo o médico e especialista em Cirurgia Vascular, Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular, Dr. Marco Lourenço, os principais índices de riscos ligados à doença são as condições de hábitos de vida do indivíduo. “Tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, obesidade, colesterol alto, diabetes e pressão alta são fatores que devem ser levados em consideração, além deles, a genética, histórico familiar de doenças vasculares, também tem um papel importante no desenvolvimento da doença”, alerta o profissional.
Com o passar do tempo, acontece o envelhecimento natural da circulação e, consequentemente, os danos começam a surgir, ou seja, a doença acomete mais pessoas acima dos 60 anos. Por isso, é de extrema importância que indivíduos nessa faixa etária, ou com os fatores de risco mencionados acima, procure um cirurgião vascular para avaliações periódicas.
Se não identificada de forma precoce, a doença pode causar vários danos ao corpo e órgãos pela falta de circulação (AVC, perda de membros e perda de órgãos), ou em casos mais graves, a ruptura de algum aneurisma, levando à morte.
Os sintomas dependem do local em que o dano na circulação arterial acontece. Caso ocorra falta de circulação nos membros inferiores, pode ocorrer dor na perna ao caminhar; se for na circulação do intestino, pode causar dor abdominal ao comer; no caso de lesões nas carótidas (circulação que irriga o cérebro), podem aparecer sintomas de AVC. “Mas se ocorrer o desenvolvimento de um aneurisma na circulação arterial, dificilmente algum sintoma irá aparecer e somente pode ser detectado apenas por exames”, informa o médico.
Essa é uma doença que não possui cura, apenas estabilização, portanto, controlar os fatores de risco, manter uma alimentação saudável, fazer atividade física regularmente e boa qualidade do sono é a melhor forma de prevenção.