Agência Brasil

Relacionar-se com outra pessoa afetivamente é um desafio enorme nos tempos modernos. O casamento se tornou a exceção à regra chamada divórcio, cujas taxas são cada vez maiores, segundo dados do IBGE. Uma das principais motivações foi a pandemia e o isolamento social.

Porém, ainda mais infeliz do que o repentino encontro forçado entre casais que se viram no mesmo teto e, curiosamente, no mesmo horário, é uma série de motivações e causas que levam as pessoas ao divórcio.

Ao mesmo tempo, há diversas discussões que apontam os caminhos percorridos por quem já não enxergou esperança para o próprio relacionamento, e elas costumam concluir uma coisa: o relacionamento se tornou líquido.

Ou seja, é tudo passageiro, não durável, como a alta tecnologia bem demonstrou. Por sua vez, os conflitos surgem de maneira mais e mais fácil, pois, com a tecnologia à disposição, diversos casais são desfeitos em consequência à falta de afetividade no mundo off-line e, portanto, real.

A partir de então, o contraste entre a expectativa e a realidade se formou de forma mais clara. Com ele, é possível entender diversas causas que levam ao divórcio, assim como suas raízes em um contexto maior, como o que ocorre no Brasil de forma geral. O resultado, portanto, é lamentável.

Como a expectativa e a realidade entram em conflito
Um dos principais problemas de todo casamento é a formação de diversas expectativas, com base em experiências passadas, diante da realidade formada pela relação na vida a dois. Há sempre um choque, e ele precisa ser cuidadosamente enfrentado, através de diálogo, para que a união de duas vidas diferentes dê certo.

O excesso de expectativa é a causa mais comum para o divórcio, tendo em vista que resulta em frustração recorrente e, no final das contas, causa diversos conflitos que só tendem a piorar. É por isso que todos os especialistas em comportamento a dois indicam: é necessário dialogar.

Veja quais são as causas do divórcio segundo especialistas
Agora, então, você vai compreender como o comportamento das pessoas pode ser prejudicial ao casamento. Com ele, há diversos aspectos que causam o divórcio e, em consequência, acabam com o tal “felizes para sempre”. São oito as principais causas que levam os casais a interromper suas vidas afetivas com o cônjuge.

1. Confiança é a base da relação
Qualquer relação precisa ter, como sua base, a confiança no próximo. No casamento, então, esse é o principal pilar, pois, caso não exista ou deixe de funcionar, os ruídos se transformarão em uma avalanche de más novidades e julgamentos.

Por isso, para existir confiança, é necessário haver diálogo. Com ele, toda relação se beneficia da transparência de uma troca justa e constante, resultando na confiança para fazer a comunhão funcionar.

2. Conflitos e a maneira de resolvê-los
Cada pessoa teve uma criação, estabelecimento de valores e outros tantos aspectos que as tornam únicas. Porém, essa singularidade toda pode acabar prejudicando o casamento quando uma ou ambas as partes não cedem, não flexibiliza seu olhar para a resolução de conflitos.

3. Intromissão de amigos e familiares
Quando dois adultos se relacionam e se casam, é natural que os primeiros momentos de comunhão sejam afetados por olhares e opiniões externas. Amigos e, principalmente, familiares podem interferir na dinâmica do casal, o que prejudica a relação.

Para que isso seja controlado, é necessário conversar. Estabelecer limites, sem jamais deixar o respeito de lado. Caso contrário, aqui está uma das principais causas do divórcio.

4. A grama do vizinho sempre é mais verde
Comparar-se a outras pessoas é natural, pois faz parte da forma como todos são criados e educados. Porém, cabe ao casal respeitar os limites e as vontades do outro para não haver comparação com envolvidos externos.
Um presente dado, o formato do corpo, a idade. Aqui estão três das principais causas que alavancam discussões acirradas sobre comparações injustas, as quais se transformam, no final das contas, em divórcio.

5. Filhos: situações preexistentes e novas
Alguns casais são formados com suas famílias preexistentes, de outros relacionamentos. Outros se formam a partir da comunhão. De uma forma ou de outra, os filhos surgem e, em diversos momentos, trazem desafios enormes, tais como a energia dedicada a eles, a vida sexual afetada e até mesmo os cuidados individuais.

O resultado deste lento e quase imperceptível processo é o divórcio, sobretudo pela falta de diálogo e pelo estabelecimento de regras a partir da educação dada aos filhos, as quais não se aplicam ao relacionamento.

6. O fantasma do passado sempre à espreita
Alguns casais se deixam levar pelo ego, vaidade e luxúria. Em consequência, a participação de ex-namorados ou cônjuges na vida afetiva atual acaba desencadeando incômodos enormes. A rotina corrida não colabora para que tudo seja esclarecido, por sua vez.

O fantasma do passado, quando está à espreita, pode atrapalhar completamente um relacionamento, e a formação de vínculo com quem já esteve em um dos lados é um abismo perigosíssimo, e uma das principais causas de divórcio.

7. Vício em Pornografia
Existem alguns problemas seríssimos relacionados à vida sexual de um casal que esfriou: um deles é o envolvimento com a pornografia, que acaba desencadeando uma série de problemas, entre eles, o vício em pornografia, um fenômeno cada vez mais comum que causa desinteresse pela parceira e várias outras consequências.

Em muitos casos, o vício se transforma em depressão, e problemas seríssimos vêm à tona, criando determinados gatilhos para não haver mais contato, inclusive, com a base social de amigos e do trabalho.

8. Infidelidade
Impossível montar uma lista das principais causas de divórcio sem falar sobre a infidelidade. Ainda que não represente a maioria, a infidelidade é mais recorrente do que muitos gostariam de admitir. Com ela, a imperdoável atitude de não respeitar o próprio cônjuge.

A infidelidade é, sem dúvida, uma causa infeliz, atual e recorrente de divórcio. Mas é apenas a ponta do iceberg que leva tantos casais a desentendimentos irrecuperáveis.