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Fernanda Takai faz ponte sonora entre Brasil e Japão no palco da 41ª Oficina de Música de Curitiba. Curitiba, 27/01/2024. Foto: Cido Marques

Ritmos brasileiros e japoneses se encontraram na noite dessa sexta-feira (26/1), durante a 41ª Oficina de Música de Curitiba. O palco do Teatro Guaíra foi dominado pela voz suave de Fernanda Takai, que estabeleceu uma ponte sonora entre a Orquestra À Base de Corda e músicos dos Sons Nikkei. É a primeira vez que a cantora e compositora, integrante da banda Pato Fu, se apresenta na Oficina de Música de Curitiba.

O espetáculo, marcado por grande sensibilidade sonora, lotou o Guairão, cativando o público com a harmonia entre diferentes estilos musicais e culturas. “É uma grande alegria participar de um festival tão importante como a Oficina de Música aqui de Curitiba”, destacou Fernanda.

Recebida com muito carinho pela plateia, ela abriu o show interpretando Ta-hi (Pra você gostar de mim), marchinha de Joubert Carvalho que fez sucesso na voz de Carmem Miranda. Na sequência vieram alguns sucessos de sua carreira solo, como Ritmo de chuva, Não esqueça e Menino bonito. Fernanda também cantou em japonês como Made In Japan, com arranjo do maestro da OABC, João Egashira.

Os Sons Nikkei, grupo formado por Lilian Takahodo (piano), Yuzo Akahori (shamizen), Caio Kitaro (shinobue) e André Trindade Imamura (taikos) foram outro destaque do show e para deixar a fusão musical Brasil/Japão ainda mais completa, todos os instrumentistas executaram Asa Branca, de Luiz Gonzaga.

“As diferenças servem para somar e não para dividir”, destacou Egahira, idealizador do projeto Sons Nikkei.

A presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Ana Cristina de Castro, prestigiou a apresentação e antes do show, presenteou Fernanda Taki com uma gravura da artista curitibana Denise Roman. A obra retrata uma cerejeira da Praça do Japão. “É uma lembrança de Curitiba para você”, disse Ana Castro.

O casal Heloísa e Ricardo Daniachi, “fregueses” da Oficina de Música de Curitiba e fãs da Orquestra À Base de Corda, levaram o filho Bernardo para assistir ao show. “Foi maravilhoso e emocionante como toda a programação desse festival”, destacou Heloísa.

Alice Ruiz e Estrela Leminiski também prestigiaram o espetáculo.   

Outros palcos

Do outro lado da rua, na Capela Santa Maria, o concerto de Música Antiga executou a obra Missa do Mestre Bernardino, de Bernardino José de Sena, mestre de capela em Paranaguá (1777-1803).

A obra do século 18 é considerada a composição paranaense mais antiga que se tem conhecimento e será apresentada no dia 26, às 19h, na Capela Santa Maria. Com direção geral de Matheus Prust e regência de Ricardo Bernardes, o concerto teve participação dos solistas Marília Vargas (soprano), Daniele Oliveira (contralto), Sidney Gomes (tenor) e Claudio de Biaggi (baixo). 

A 41ª Oficina de Música de Curitiba é realizada pelo Instituto Curitiba de Arte e Cultura, Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura de Curitiba, com patrocínio do grupo Volvo e Sanepar – Companhia de Saneamento do Paraná. Também apoiam o evento: Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Centro Cultural Teatro Guaíra, Escola de Música e Belas Artes do Paraná – Campus Curitiba I da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), Universidade Federal do Paraná – Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC), Família Farinha, Hard Rock Cafe Curitiba, LAMUSA – Laboratório de Música Antiga, Rádio Educativa 91.7 FM, TV Paraná Turismo, Teatro Regina Casillo e Bicicletaria Cultural.