A atriz Julianne Moore será protagonista de série que conta a história da restauração da obra Salvator Mundi, atribuída a Leonardo Da Vinci. A produção é baseada no documentário The Lost Leonardo, lançado em 2021, que narra a jornada da pintura desde sua redescoberta, em 2005, até a investigação se a obra seria do pintor italiano.

Julianne interpretará Dianne Modestini, restauradora responsável por estudar a obra em profundidade e atribuir sua autoria ao pintor.

A atriz também assume a produção executiva da série junto a John Requa e Glenn Ficarra, que assinam a direção. Ainda não há informações sobre título e data de lançamento. As informações são do site Deadline.

Salvator Mundi foi arrematada por US$ 450 milhões na casa de leilões Christie’s, em Nova York, em 2017. O valor se tornou o mais alto pago por uma obra de arte. Ao longo dos séculos, porém, a pintura passou por tentativas de restauração que geraram danos.

A obra, que representa Jesus Cristo segurando uma esfera de cristal, foi criada por volta de 1500 para o rei francês Luís XII. Pertenceu à nobreza britânica até o século 17.

Após ser leiloada e ter seu paradeiro desconhecido, em 1900 foi arrematada pelo colecionador Francis Cook. Em 1958, os herdeiros de Cook a venderam por módicas 45 libras.

Investigação

Em 2005, foi arrematada por pouco mais de mil dólares em um leilão no Estado de Louisiana. Enquanto olhavam as obras, dois negociantes de arte de Nova York acreditaram que valia a pena comprá-la para verificar se seria uma cópia ou de autoria de algum aprendiz de Da Vinci, como se acreditava.

Eles a levaram para a restauradora Dianne Modestini, que removeu a pintura pesada que a revestia e consertou outros danos.

Durante o processo, a restauradora atestou, junto a especialistas, que a obra era, de fato, de Da Vinci. Dianne chegou a criar um site revelando detalhes técnicos de suas descobertas.

Ainda hoje, especialistas debatem se a obra é mesmo de Da Vinci, alegando que já teria sido descaracterizada pela própria restauradora. The Lost Leonardo se debruça sobre essa polêmica.

Depois de examinar Salvator Mundi, em 2018, o Louvre teria confirmado que a obra é de Da Vinci, segundo o jornalista especialista em arte Didier Rykner no La Tribune de l’Art.

Já o jornal The New York Times afirmou que o museu manteve segredo sobre sua conclusão. A obra, portanto, continua envolta em mistérios, o que atribui ainda mais curiosidade à história.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.