Morre, aos 83 anos, a diva Tina Turner

Redação Bem Paraná com agências

Alberto Venzago/Instagram/@tinaturner

A cantora americana Tina Turner morreu nesta quarta-feira, 24, na Suíça, onde morava, segundo declarou seu agente à imprensa. Ainda de acordo com a declaração, a estrela da música mundial morreu “pacificamente após uma longa doença”. Nos últimos anos, Tina enfrentou um câncer.

Tina, nascida Anna Mae Bullock, nos Estados Unidos, se tornou um dos maiores nomes da música mundial ao entrar para o mundo do rock como uma das únicas mulheres, ainda nos anos 1960. Duas décadas depois, ao se tornar estrela do filme Mad Max – Além da Cúpula do Trovão, conseguiu ainda mais destaque, se tornando uma estrela pop ao juntar, música, dança e figurinos. Uma exposição em homenagem à cantora, Tina Turner: Uma Viagem para o Futuro, está em cartaz no MIS-SP.

A cantora de sucessos como “What’s Love Got to Do with It” e “We Don’t Need Another Hero (Thunderdome)” se lançou em carreira solo nos anos 1980. Antes, ela e o ex-marido, Ike Turner, que morreu de uma overdose de cocaína em 2007, fizeram muito sucesso no final dos anos 1960 e início dos anos 1970. Após ser espancada várias vezes pelo então marido, ela e ele se divorciaram depois de 18 anos de casamento. Quando se separaram, Tina propôs abrir mão de todo o patrimônio em troca de poder manter o sobrenome Turner.

Tina recomeçou do zero. Sem dinheiro, morou com uma amiga e abriu shows para outros grupos famosos, como os Bee Gees. Para voltar ao cenário musical, apostou no rock, influenciada pelos Rolling Stones e por David Bowie. Adotou também um novo estilo, com roupas ousadas e cabelos loiros espetados.

Em 1984, lançou o álbum ‘Private dancer’. O hit ‘Whats love gotta do with it’ teve ascensão meteórica e ajudou Tina a vender mais de dez milhões de cópias em todo o mundo. O título de rainha do rock surgiu aos 45 anos. Ela exibia as belas pernas, cantava e dançava sem perder o fôlego, levando a multidão ao êxtase.

Em 1986, lançou a biografia ‘Eu, Tina: a história da minha vida’, que conta a trajetória profissional e pessoal com o ex-marido, além de revelar as constantes agressões. O livro virou filme em 1993, estrelado por Angela Basset e Laurence Fishburne. Ike morreu em 2007.

Ela também fez filmes. Em 1975, estreou no filme ‘Tommy’. Dez anos depois, fez outro sucesso: ‘Mad Max – Além da cúpula do trovão’. Ela foi responsável também pelo tema do longa-metragem, que dominou as paradas de sucesso.

No fim da década de 90, lançou o nono álbum da carreira solo e anunciou a aposentadoria dos palcos. ‘Twenty four seven’ teve apenas dois hits, mas o clima de despedida atraiu milhões para os shows.

Em 2008, para marcar os 50 anos dos prêmios Grammy, fez uma apresentação histórica. Além de cantar seus grandes sucessos, fez um dueto com a cantora pop Beyoncé. Ela vivia há 20 anoscom o marido, Erwin Bach, na Suíça. No ano passado, renunciou à cidadania americana e ganhou nacionalidade suíça.

No Brasil

Em 1988, o show da estrela realizada no Maracanã foi vista por mais de 188 mil pessoas – um recorde até hoje nunca superado por nenhuma outra artista. A apresentação foi transmitida pela Globo aqui no Brasil e em vários países do mundo.