Cerca de 1.500 pessoas conferiram a abertura do Olhar de Cinema 2023- Foto Eduardo Matysiak
Foto Eduardo Matysiak

13º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba revelou as produções selecionadas para a edição 2024 para as aguardadas mostras competitivas, sendo a Competitiva Brasileira e a Competitiva Internacional.

O evento, que já havia divulgado algumas de suas mostras pelas redes sociais, agora anuncia os longas e curtas-metragens que disputam pelos prêmios de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Atuação, Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia, Melhor Som e Melhor Montagem, no caso dos longas da competitiva brasileira, e Melhor Filme e Prêmio Especial do Júri, para os curtas. Já na Competitiva Internacional, a premiação vai para as categorias Melhor Filme e Prêmio Especial do Júri, para os longas, e de Melhor Filme, para os curtas. O público ainda tem parte essencial nas premiações, uma vez que definirá, por meio de votação popular, o Melhor Filme (longa) e Melhor Filme (curta) das duas mostras. 

A partir do dia 24 de maio, os ingressos estarão disponíveis pelo site oficial com valores que vão de R$8 (meia-entrada) a R$16. Todas as sessões no Teatro da Vila são gratuitas. Além disso, de 18 de junho a 7 de julho, os curtas-metragens brasileiros que compõem o festival estarão disponíveis gratuitamente na plataforma de streaming Itaú Cultural Play para todo o Brasil. 

Mostra Competitiva Brasileira é composta por 16 produções inéditas, sendo oito curtas e oito longas-metragens. Os longas são: 

– “A Mensageira” (Cláudio Marques |Brasil | 2024| 140′)

Sinopse: Em cumprimento ao seu trabalho como oficial de justiça em Salvador, Íris entrega mandados e, muitas vezes, se vê forçada a executar ordens que vão diretamente contra aquilo em que acredita. O ofício a atormenta. Um dia, com o desaparecimento de um militante depois da execução de um mandado entregue por ela, a oficial passa a investigar o crime e se vê envolvida na descoberta de um grande esquema de grilagem de terras. Claudio Marques dirige este thriller instigante acompanhando de perto sua protagonista, uma mulher negra que envereda numa jornada pelas engrenagens do sistema, mas também por suas origens.
Sessões: 14 de junho, às 20h45, Cinemark Mueller;
            15 de junho, às 17h20, Cine Passeio Ritz;

 –  “Greice” (Dir. Leonardo Mouramateus | Brasil | 2024 | 110′)

Sinopse: Greice é uma jovem mulher brasileira estudando e trabalhando em Lisboa. Num dia de trabalho, ela conhece Alfonso, e essa relação vai ser o estopim para uma série de acontecimentos que a levam de volta a seu Ceará natal. Neste seu terceiro longa, Leonardo Mouramateus encontra uma forma extremamente precisa de conectar seus jogos de fabulações e espelhos, sempre passados nesta fronteira imaginária que une (e separa) Brasil e Portugal. Com seus diálogos mordazes, interpretados por um elenco cativante, o filme trata com notável leveza de temas complexos ao redor das identidades, e em especial das relações sociais e de gênero.
Sessões: 15 de junho, às 21h10, no Cinemark Mueller;
              16 de junho, às 14h, no Cine Passeio Ritz;

 – “O Rancho da Goiabada, ou pois é meu camarada, a vida não é fácil” (Dir. Guilherme Martins | Brasil | 2024 | 72′)

Sinopse: Em trânsito entre a área urbana e a rural, entre os “subempregos” e a informalidade na capital paulista, e os “boias-frias” nas plantações de cana do interior do estado, o filme se encontra com diferentes camadas de subalternização do proletariado contemporâneo. Construindo como dispositivo a interação de um personagem fictício com contextos e figuras da realidade, Guilherme Martins expande a proposta desenvolvida em seu curta-metragem quase homônimo para abordar de maneira mordaz, ainda que bem humorada, perenes questões sociais brasileiras.
Sessões: 16 de junho, às 21h25, no Cinemark Mueller;
            17 de junho, às 15h45, no Cine Passeio Ritz;

– “O Sol das Mariposas” (Dir. Fábio Allon | Brasil | 2024 | 105′)

Sinopse: Após a partida do seu marido, Marta luta para manter funcionando o seu sítio de café, resistindo aos avanços de um emergente agronegócio pelo interior do Paraná da década de 1970. Na medida em que sua relação com a colega Juliana se torna mais forte, vai ficando mais claro que o ambiente adverso e conservador ao seu redor é um risco tão grande quanto a promessa das geadas de um inverno inclemente. Neste que é seu primeiro longa ficcional em direção solo, Fábio Allon ousa ao propor uma narrativa histórica com fortes tintas dramáticas, explorando paisagens pouco filmadas das áreas rurais do Paraná.
Sessões: 16 de junho, às 16h15, no Cinemark Mueller;
              17 de junho, às 14h15, no Cine Passeio Luz;

– “Praia Formosa” (Dir. Julia De Simone | Brasil | 2024 | 90′)

Sinopse: Dando prosseguimento a uma extensa pesquisa audiovisual a partir da região portuária do Rio de Janeiro, Julia De Simone realiza um primeiro longa ficcional que mistura tempos ao redor da região do Cais do Valongo. Tomando como protagonista Muanza, mulher nascida no Congo e trazida ao Brasil pela escravização, o filme vagueia por encontros entre personagens e paisagens que reforçam tanto a permanência cruel das raízes coloniais brasileiras quanto a resiliência e os laços formados pela população afro-brasileira, com atenção especial às mulheres.
Sessões: 17 de junho, às 21h35, no Cinemark Mueller;
            18 de junho, às 14h15, no Cine Passeio Luz;

– “Quem É Essa Mulher? (Dir. Mariana Jaspe | Brasil | 2024 | 70′)

Sinopse: Desde o começo do filme, somos convidados a literalmente pegar a estrada junto com a historiadora Mayara, quem nos levará às origens da sua pesquisa sobre Maria Odília Teixeira, a primeira médica negra do Brasil. Nesse caminho, entenderemos aos poucos o quanto as trajetórias dessas duas mulheres, com os cem anos de história brasileira que as separam, têm em comum. Mariana Jaspe não se apega a um formato estático de aproximação documental, permitindo que o filme ganhe novos ares na medida em que essas histórias se iluminam mutuamente.
Sessões: 15 de junho, às 16h30, no Cinemark Mueller;
            16 de junho, às 16h20, no Cine Passeio Ritz;

– “Tijolo por Tijolo” (Dir. Victoria Alvares, Quentin Delaroche | Brasil | 2024 | 102′)

Sinopse: Acompanhamos Cris e sua família, moradores do Ibura, na periferia do Recife, que no início da pandemia de Covid-19 tiveram que abandonar sua casa devido ao risco de desabamento. Grávida do quarto filho e lutando por uma laqueadura, Cris trabalha como influenciadora digital enquanto a família reconstrói sua moradia. Abordando temas relevantes ao Brasil de hoje, como maternidade, empreendedorismo e direitos reprodutivos e à moradia, entremeados com momentos de leveza cotidiana, o filme ressalta o protagonismo coletivo que torna possível erguer as paredes de um lar, dia após dia.
Sessões: 13 de junho, às 21h, no Cinemark Mueller;
            14 de junho, às 13h30, no Cine Passeio Luz;

– “Um Dia Antes de Todos os Outros” (Dir. Valentina Homem, Fernanda Bond | Brasil | 2024 | 73′)

Sinopse: Enquanto a jovem Sofia improvisa rimas com suas amizades na comunidade em que vive, sua mãe, Marli, organiza a desocupação do apartamento de classe média alta em que trabalhou por boa parte da vida como cuidadora. Velhos sonhos e novos planos surgem no horizonte desse último dia de trabalho. Nesta ficção de muitas camadas, Fernanda Bond e Valentina Homem nos envolvem com sensibilidade no universo íntimo de suas personagens, revelando o afeto e também as dinâmicas de poder que atravessam as relações de três gerações de mulheres com importantes diferenças entre si.
Sessões: 18 de junho, às 21h30, no Cinemark Mueller
              19 de junho, às 14h15, no Cine Passeio Luz

Os oito curtas-metragens selecionados para Mostra Competitiva Brasileira são:

 – “Povo do Coração da Terra” (Dir. Coletivo Guahu’i Guyra | Brasil | 2024 | 39′)
Sinopse: Do céu, Nhanderu envia raios que brevemente iluminam a terra numa dessas várias noites em que é preciso estar alerta. Uma noite na qual pessoas correm pelo meio do mato para tomar aquilo que é seu. Em território Guarani, esses raios riscam o espaço desfazendo fronteiras demarcadas por arames farpados, permitindo que o filme elabore a dança da guerra, do sonho e, sobretudo, da reconquista coletiva do tekoha daquelas pessoas. Combinando cenas de enfrentamento com a própria luta pelo direito ao cotidiano, à reza, ao plantio e à meditação, o filme do Coletivo Guahu’i Guyra monta suas imagens como um ritual de reverência aos seus.
Sessões: 18 de junho, às 18h, no Cine Passeio Luz
            19 de junho, às 16h45, no Cine Passeio Ritz
*Este curta será exibido junto com “Cavaram uma cova no meu coração”, “O lado de fora fica aqui dentro” e “Desde então, estou voando”.

– “Capturar o Fantasma” (Dir. Davi Mello | Brasil | 2024 | 12′)
Sinopse: Um fantasma que ronda uma família, mas que só é possível ser visto pelas mulheres. As ausências que uma morte predestinada deixa, converte-se em um buraco. Quando o silêncio é de uma filha para com seus pais, o buraco se torna mais profundo. O vazio se torna tão presente que agora é capaz de ser visto também pelos homens.
Sessões:  16 de junho, às 18h, no Cine Passeio Ritz;
              18 de junho, às 16h, no Cine Passeio Ritz
*Este curta será exibido junto com “Contrações”, “Sonhos como barcos de papel”, “Rinha” e “Caindo”.

– “Caravana da Coragem” (Dir. Pedro B. Garcia | Brasil | 2024 | 24′)
Sinopse: Três amigos, de diferentes regiões do Distrito Federal, se encontram em um parque à noite e contam seus medos, detalhando-os. O filme dirigido por Pedro B. Garcia percorre a cidade rabiscando as imagens enquanto o áudio ecoa, misturando-se ao anseio de vida e movimentação.
Sessões: 15 de junho, às 20h, no Cine Passeio Luz;
            17 de junho, às 18h30, no Cine Passeio Luz;
*Este curta será exibido com “Mawtini”, “Mamántula” and “Se Eu Tô Aqui é Por Mistério”

–  “Cavaram uma Cova no meu Coração” (Dir. Ulisses Arthur | Brasil | 2024 | 24′)
Sinopse: O afundamento do solo causado por uma mineradora para a extração de sal-gema, resulta em buracos e rachaduras nas residências de moradores do bairro de Bebedouro, em Maceió. O risco iminente de desabamento, faz com que o bairro fique desabitado, deixando espaço para a exploração do território, até que uma gangue de adolescentes planeja destruir a máquina responsável pelo afundamento, fazendo da imaginação uma possibilidade de habitar um território inabitável.
Sessões: 18 de junho, às 18h, no Cine Passeio Ritz;
            19 de junho, às 16h45, no Cine Passeio Ritz;
*Este curta será exibido junto com “Povo do coração da terra”, “O lado de fora fica aqui dentro” e “Desde então, estou voando”.

–  “O Lado de Fora Fica Aqui Dentro” (Dir. Larissa Barbosa | Brasil | 2023 | 25′)
Sinopse: Uma cidade industrial nos arredores de Belo Horizonte é vivenciada por duas irmãs, Marina e Núbia. Refletindo sobre seus corpos e seus trabalhos, as duas identificam as lacunas entre os trabalhadores negros, construção e a perda de acesso da cidade. Quando Marina encontra Maria, uma mulher que habita um dos prédios mais antigos da capital, a memória de que “a montanha, um dia, já foi mar” revela um aspecto mais sombrio que as duas, juntas, terão de enfrentar.
Sessões: 18 de junho, às 18h, no Cine Passeio Ritz
              19 de junho, às 16h45, no Cine Passeio Ritz;
*Este curta será exibido junto com “Povo do coração da terra”, “Cavaram uma cova no meu coração” e “Desde então, estou voando”

 –  “Rinha” (Dir. Rita M. Pestana | Brasil | 2023 | 22′)
Sinopse: Assumindo os cuidados do pai alcoólatra, Cássia se vê presa em uma espiral. Herdando a função de taxista e apostador de galo de rinha, a filha se torna, aos poucos, o pai, com suas angústias e responsabilidades. Entre cuidar do outro e cuidar de si, quanto espaço sobra para entendermos o que é nosso? Mergulhada em silêncios, Cássia precisará descobrir seus desejos ou vai acabar afogada em uma rotina imposta.
Sessões: 16 de junho, às 18h, no Cine Passeio Ritz;
            18 de junho, às 16h, no Cine Passeio Ritz;
*Este curta será exibido junto com “Contrações”, “Capturar o Fantasma”, “Sonhos como barcos de papel” e “Caindo”

–  “Se Eu Tô Aqui é Por Mistério”(Dir. Clari Ribeiro | Brasil | 2024 | 21′)
Sinopse: Trabalhando novamente com uma imaginação transfuturista, o cinema de Clari Ribeiro produz um Rio de Janeiro que, em 2054, precisa combater uma “Ordem da Verdade” a partir da formação de um clã liderado pela travesti Dahlia, a cobra Salacione e várias bruxas e bruxos que, juntes, farão essa “liga da justiça” neon tropical contra os caçadores de seres místicos. Usando os códigos do cinema de gênero (a ficção científica, o horror), o filme se propõe a exceder o gênero como identidade (o futuro será trans, ou não será) e conta com a participação de Helena Ignez e Zezé Motta.
Sessões: 15 de junho, às 20h, no Cine Passeio Luz;
            17 de junho, às 18h30, no Cine Passeio Luz;
*Este curta será exibido junto com “Minha Pátria”, “Caravana da Coragem” e “Mamántula”

–  “Viventes” (Dir. Fabrício Basílio | Brasil | 2024 | 20′)
Sinopse: Paulinho, um jovem desempregado, tem uma entrevista de emprego para fazer. Ele acerta os detalhes: como chegar, com que roupa ir, como se portar. Tudo parece certo, mas antes, ele precisa imprimir o currículo. O único lugar possível é a casa de sua vó, que está à venda. Entre as memórias das imagens do computador e as impressas nas paredes da casa, Paulinho vivencia uma jornada em que o trabalho orienta um modo de existir.
Sessões: 13 de junho, às 20h, no Cine Passeio Luz
              14 de junho, às 18h, no Cine Passeio Luz
*Este curta será exibido junto com “Uma Pedra Atirada” e “Nossas Ilhas”.

Mostra Competitiva Internacional é composta por 14 produções de diferentes nacionalidades, como Suíça, Alemanha, Haiti, Palestina, Hungria, França, entre outros. Os seis longas selecionados são: 

– “Caminhos Cruzados” (“Crossing“| Dir Levan Akin | Suécia, Dinamarca, França | 2024 | 105′)
Sinopse: Lia precisa cumprir uma promessa: encontrar Tekla, sua sobrinha há muito perdida. Com a ajuda de seu jovem vizinho Achi, a professora aposentada parte de sua terra na Geórgia rumo à Istambul. Lá, os dois descobrirão que precisarão da ajuda de Evrim, advogada dedicada à luta por direitos de pessoas trans, para encontrar Tekla em meio às ruas da cidade. Guiado pelas conexões e tocantes relações entre seus personagens na agitada cidade turca, o sueco Levan Akin dirige este tenro drama dedicado à poderosa interpretação de seu elenco.
Sessões: 15 de junho, às 18h40, no Cinemark Mueller;
            16 de junho, às 14h, no Cinemark Mueller;

 – “Eu Não Sou Tudo Aquilo Que Quero Ser” (“Ještě Nejsem, Kým Chci Být”|  Dir Klára Tasovská | República Tcheca, Eslováquia, Áustria | 2024 | 90 ‘)
Sinopse: A partir de relatos de seu diário, do encadeamento e sonorização de suas fotografias, o filme nos apresenta a vida e o trabalho da tcheca Libuše Jarcovjákové. Transitando entre Praga, Berlim e Tóquio,  no período da ocupação soviética na então Tchecoslováquia, a contínua e bem documentada busca da fotógrafa por um modo autêntico de ser e de criar nos conduz por universos pouco conhecidos.
Sessões: 14 de junho, às 18h30, no Cinemark Mueller;
            15 de junho, às 14h15, no Cinemark Mueller;

– “Ivo” (“Ivo” | Dir Eva Trobisch | Alemanha | 2024 | 104′)
Sinopse: Acompanhamos de perto os dias de Ivo, uma profissional voltada para cuidados paliativos domiciliares, entre suas visitas regulares a pacientes e o tempo escasso dedicado à vida pessoal. Uma das pacientes é também sua amiga, Solveigh, portadora de uma doença incurável, e a relação próxima entre elas vai demandar decisões difíceis por parte de Ivo. O segundo longa da alemã Eva Trobisch é uma ficção intimista que explora com sensibilidade a relação entre cuidado, trabalho e a autonomia sobre os próprios corpos, fazendo coexistir sentimentos tão intensos quanto contraditórios face ao cotidiano da morte.
Sessões: 18 de junho, às 18h45, no Cinemark Mueller
              19 de junho, às 14h15, no Cinemark Mueller;

 – “Os Paraísos de Diane” (“Les Paradis de Diane” | Dir. Carmen Jaquier, Jan Grassmann | Suíça | 2024 | 97′)
Sinopse: Diane está prestes a dar à luz a seu primeiro filho. Aparentemente banal como fato social, esse acontecimento vai mexer profundamente com a jovem, que parte numa jornada sem direção segura, buscando encontrar algo que, possivelmente, não sabe o que é.
Sessões: 13 de junho, às 18h30, no Cinemark Mueller;
              14 de junho, às 14h05, no Cinemark Mueller;

 – “As Noites Ainda Cheiram a Pólvora” (“The Nights Still Smell Of Gunpowder” | Dir. Inadelso Cossa | Moçambique, França, Alemanha,Portugal |2024 |  92′)
Sinopse: É noite em Moçambique. As marcas e cicatrizes da guerra civil ainda estão vivas. Borrando as linhas entre ficção e realidade, entre arquivos, relatos e encenação, Inadelso Cossa visita sua avó. Neste austero retrato de sua região natal, o cineasta confronta as memórias desbotadas de sua família e de seu país, investigando as fotografias, escutando as memórias e revirando o passado em busca de ouvir os fantasmas de outros tempos.
Sessões: dia 16 de junho, às 19h, no Cinemark Mueller;
              dia 17 de junho, às 14h, no Cinemark Mueller;

 – “Pepe” (“Pepe” | Dir. Nelson Carlos De Los Santos Arias | República Dominicana, Namíbia, Alemanha, França| 2024 | 122′)
Sinopse: O narrador diz ser um hipopótamo. Ele não sente o passar do tempo, mas conta de seu passado. Pepe, o primeiro e único hipopótamo morto nas Américas, interpretado por diferentes vozes e idiomas ao longo do filme, transmite pela oralidade histórias dos lugares por onde passou. Nelson Carlo de Los Santos Arias apresenta com senso de humor e inventividade apurados um filme que se reinventa a todo instante entre dispositivos, abordagens, relatos e memórias de África às Américas.
Sessões: 17 de junho, às 18h45, no Cinemark Mueller;
            18 de junho, às 14h, no Cinemark Mueller;

Os oito curtas-metragens da Mostra Competitiva Internacional são:

– “Caindo” (“Falling” | Dir. Anna Gyimesi | Hungria, Bélgica, Portugal | 2023 | 16′)
Sinopse: Usando imagens de arquivo pessoal, o filme vai montando um quebra-cabeças bastante emotivo, construído a partir do depoimento de uma mulher, na faixa dos seus 40 anos, cuja maternidade a coloca diante das nebulosas fronteiras entre o senso de autopreservação, o amor pela filha e a compreensão de que essa mesma filha pode, em breve, ter autonomia legal para realizar o mais radical dos procedimentos com a própria vida. Um filme que abre – sem nunca ter a pretensão de resolver – as brechas do medo e da culpa, mas também do afeto e da esperança, desafiando uma série de tabus não só sobre a maternidade, mas sobretudo sobre doenças mentais.
Sessões: 16 de junho, às 18h, no Cine Passeio Ritz;
            18 de junho, às 16h, no Cine Passeio Ritz;
*Este curta será exibido junto com “Contrações”, “Capturar o Fantasma”, “Sonhos como barcos de papel” e “Rinha”

 -“Contrações” (“Contractions” | Dir. Lynne Sachs | Estados Unidos | 2024 | 12′)
Sinopse: Em junho de 2022, a Suprema Corte dos Estados Unidos permitiu que vários estados do páis acabassem com o direito das mulheres de terem autonomia sobre seus corpos e, desde então,  21 estados da federação passaram a criminalizar o aborto, entre eles o Tennessee. Em Memphis, cidade do Tennessee, Lynne Sachs usa suas décadas de experiência de produção de contraimagens feministas para conduzir uma performance com 14 mulheres e alguns de seus companheiros, criando invisíveis visibilidades e emudecidos discursos diante de uma clínica de aborto cujo trabalho precisou ser interrompido depois dessa decisão.  
Sessões: 16 de junho, às 18h, no Cine Passeio Ritz;
            18 de junho, às 16h, no Cine Passeio Ritz;

–  “Desde então, Estou Voando” (“O Gün Bu Gündür, Uçuyorum” |Dir.Aylin Gökmen | Suíça | 2023 | 19′)
Sinopse: Existe a memória das montanhas, do primeiro amor num campo de algodão, das mulheres que, naquela tribo nômade curda, controlavam a organização social. Existe a memória da mãe. Um homem mais velho lembra de tudo isso, mas lembra também de quando ele foi preso e torturado, como se houvesse sempre uma guerra por trás de paisagens idílicas e silenciosas. Mas a tortura não consistia em machucar seu corpo. Os inimigos sabiam que aquilo que mais doeria na sua pele seria ferir a identidade de seu povo a partir da quebra de um interdito cultural.
Sessões: 18 de junho, às 18h, no Cine Passeio Ritz;
            19 de junho, às 16h45, no Cine Passeio Ritz;
*Este curta será exibido junto com “Povo do coração da terra”, “Cavaram uma cova no meu coração” e “O lado de fora fica aqui dentro”.

– “Mamántula” (“Mamántula” | Dir. Ion de Sosa | Espanha, Alemanha | 2023 | 45′)
Sinopse:Uma criatura sedenta por sangue e sexo está a solta. Ela seduz, se satisfaz e depois mata brutalmente seus amantes, mas ninguém sabe ao certo quem ou o que está causando essa série de assassinatos. A cidade está em alerta e a comunidade queer atenta, todos aterrorizados com o apetite insaciável do monstro. Cabe a duas detetives a missão de desvendar o mistério e colocar um fim na jornada sangrenta de Mamántula.
Sessões: 15 de junho, às 20h, no Cine Passeio Luz;
            17 de junho, às 18h30, no Cine Passeio Luz;
*Este será exibido junto com “Minha Pátria”, “Caravana da Coragem” e “Se Eu To Por Aqui é Por Mistério”.

 “Minha Pátria” (“Mawtini” | Dir. Tabarak Abbas | Suíça | 2023 | 13′)
Sinopse: Nesta animação, Tabarak Allah Abbas se inspira na história de seus pais para criar um universo distópico durante a guerra de Bagdá. Nesse contexto, Siham e Rakan precisam lutar contra robôs invasores para escapar da cidade e proteger o futuro de seu filho recém nascido.
Sessões: 15 de junho, às 20h, no Cine Passeio Luz;
            17 de junho, às 18h30, no Cine Passeio Luz;
*Este curta será exibido junto com “Caravana da Coragem”, “Mamántula” and “Se Eu Tô Aqui é Por Mistério”

  “Nossa Ilhas” (“Nos Îles” | Dir. Aiha Thalien | França, Martinica | 2023 | 23′)
Sinopse: As primeiras imagens aparentam estarmos diante de um cartão-postal. Diante destas imagens é preciso encarar bem o que é dado como realidade para logo em seguida, traduzir o que não pode ser visto. O mar azul-piscina de uma ilha caribenha colonizada pela França é contrastada com as construções de uma Martinica inventada. Perante uma maldição que resultará no desaparecimento da ilha, um grupo de jovens reflete e dialoga, a partir de relatos íntimos, sobre a condição de pertencer a um território que está prestes a acabar.
Sessões: 13 de junho, às 20h, no Cine Passeio Luz;
            14 de junho, às 18h, no Cine Passeio Luz;
*Este curta será exibido junto com o “Uma Pedra Atirada” e “Viventes”.

– “Sonhos como Barcos de Papel” (“Des Rêves en Bateaux Papiers” | Dir.  Samuel Suffren| Haiti | 2023 | 19′)
Sinopse: Edouard vive com sua filha Zara em Porto Príncipe, Haiti, há 5 anos e, desde que sua esposa foi embora, tudo que eles possuem de recordação é uma fita cassete enviada por ela. Pai e filha sentem a expansão da ausência que esse áudio não consegue suprir, mas Edouard ainda enxerga a mulher como memória viva.
Sessões: 16 de junho, às 18h, no Cine Passeio Ritz;
            18 de junho, às 16h, no Cine Passeio Ritz;

 – “Uma Pedra Atirada” (“رجح ىمرم ىلع | Dir. Razan AlSalah | Palestina, Líbano, Canadá | 2024 | 40 min)
Sinopse: Em 1936, o registro de uma das primeiras demonstrações de resistência: em Haifa, cidade portuária palestina, um grupo explode um oleoduto da British Petroleum, empresa que já anunciava, antes da 2ª Guerra Mundial, que a ocupação colonial começaria com força total na região. A partir de uma foto de arquivo, do relato de um senhor palestino exilado e de imagens do Google Earth de uma ‘secreta’ ilha no meio do Golfo Pérsico, a reconstituição, pelas beiras das imagens, de toda uma história sobre o projeto de massacre de um povo.
Sessões: 13 de junho, às 20h, no Cine Passeio Luz;
            14 de junho, às 18h, no Cine Passeio Luz;
*Este curta será exibido junto com “Viventes” e “Nossas Ilhas”

“O Olhar de Cinema de 2024 contará com estreias mundiais, reunindo produções vindas de diferentes países, como Haiti, Palestina, França, Espanha, Suécia, Líbano, entre outros, além de filmes brasileiros que chegam às telonas pela primeira vez, e abordam diferentes temas, propondo um novo olhar direcionado à sétima arte”, comenta Antonio Gonçalves Junior, diretor do Olhar de Cinema. 

Acompanhe a programação e as novidades pelo site www.olhardecinema.com.br, pelas redes sociais oficiais: Instagram @olhardecinema e Facebook.com.br/Olhardecinema

A 13ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba é realizada por meio do programa de apoio e incentivo à cultura – Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba, sendo também o projeto aprovado pela Secretaria de Estado da Cultura – Governo do Paraná, com recursos da Lei Paulo Gustavo, e pelo Ministério da Cultura – Governo Federal, com patrocínio do Itaú e Peróxidos Brasil, apoio do Instituto de Oncologia do Paraná, Sanepar, Cimento Itambé, Favretto Mídia Exterior, e apoio cultural de Projeto Paradiso, Cine Passeio, Instituto Curitiba de Arte e Cultura. Verifique a classificação indicativa de cada filme e sessões com acessibilidade de audiodescrição. 

Serviço:

13º Olhar de CInema – Festival Internacional de Curitiba
Data
: 12 a 20 de junho de 2024
Locais: Cine Passeio, Cinemark Mueller e Ópera de Arame
Site oficial: www.olhardecinema.com.br

Redes Sociais: Instagram: www.instagram.com/Olhardecinema
                          Facebook: www.facebook.com.br/Olhardecinema

Patrocínio:  Itaú e Peróxidos Brasil
Apoio:  Instituto de Oncologia do Paraná, Sanepar, Cimento Itambé e Favretto Mídia Exterior
Produção: Grafo Audiovisual
Apoio Cultural: Projeto Paradiso, Cine Passeio, Instituto Curitiba de Arte e Cultura, Taiwan Film & Audiovisual Institute, Cinemark
Realização: Programa de apoio e incentivo à cultura – Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba. Projeto aprovado pela Secretaria de Estado da Cultura – Governo do Paraná, com recursos da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura – Governo Federal. Lei de incentivo à cultura, Ministério da Cultura, Governo Federal.