Vanessa da Mata, considerada uma das vozes mais bonitas da Brasil na atualidade, chega a Curitiba com a Turnê Viva Tom Jobim, hoje, às 21 horas, no Guairão (Praça Santos Andrade s/nº). O show, que vai um repertório que vai contemplar todas as fases da carreira do maestro Tom Jobim, tem direção e curadoria de Monique Gardenberg, que selecionou 24 músicas para o repertório, arranjos e piano de Eumir Deodato e produção musical de Kassin. No palco a intérprete será acompanhada por Stephane SanJuan (bateria), Alberto Continentino (baixo acústico), Dustan Galas (synth), Danilo Andrade (teclados), Guilherme Monteiro (guitarra e violão), e Gustavo Ruiz (guitarra). O espetáculo, com patrocínio da Caixa, é mais um evento Verinha Walflor.

Vanessa da Mata confessa que não quer mais se separar do maestro e compositor Tom Jobim. Ela conta que Tom Jobim foi uma das suas primeiras paixões musicais enquanto acompanhava as novelas, ainda em Mato Grosso, onde nasceu – Ele era claro, não era rebuscado. Não tinha outra pretensão que não fosse atingir com poesia aquela mulher a quem se dirigia. A geração do Tom se declarava sem vergonha, exaltava as mulheres como seres superiores, ressalta Vanessa. Quero mostrar o que a minha geração sente pelo Tom. Depois das novas bossas novas e das eletrônicas, é importante trazer para o público jovem a beleza dessa obra.

As canções escolhidas para compor o setlist sugerem um passeio pela carreira do compositor. Vai desde Estrada do sol e Por causa de você, compostas nos anos 50, até a célebre parceria com Chico Buarque em Piano na Mangueira, que os dois fizeram no início da década de 90, pouco antes da morte de Tom. Além disso, estão lá, para alegria do público, os clássicos da bossa nova, como Chega de saudade, Desafinado, Garota de Ipanema e Samba do avião. Tentamos cobrir os diversos aspectos da obra do Tom: a bossa nova, os sambas-canções, os temas mais líricos… Procurando combinar clássico e moderno. Nossa admiração pelos arranjos do compositor é enorme, mas também trouxemos novas informações, diz a diretora Monique Gardenberg. É o que acontece quando um dos maiores arranjadores brasileiros, Eumir Deodato, arrisca algumas modificações significativas em clássicos como Eu sei que vou te amar, por exemplo.

SERVIÇO
O que: Vanessa da Mata Turnê Viva Tom Jobim– novo show da cantora Vanessa da Mata.
Quando: Hoje, às 21 horas, no Guairão (Praça Santos Andrade, s/nº).
Quanto: R$160 (inteira) e R$80 (meia) + R$6 (seis reais), referente a taxa de conveniência cobrada pelo Disk Ingresso.


PERFIS

Vanessa
Vanessa da Mata nasceu em 1976, em Alto das Garças (MT) e se mudou aos 14 anos para Uberlândia (MG), onde passou a cantar em barzinhos. A partir de 1992, já em SP, integrou bandas de reggae e um grupo de música regional, além de atuar como jogadora de basquete e modelo. Em 1997 conheceu o compositor Chico César com quem compôs A Força que Nunca Seca – canção que Maria Bethânia escolheu para título de seu álbum em 1999. Gravada por diversos cantores, Vanessa também passou a se apresentar como intérprete, chegando em 2002 ao seu primeiro CD. Desde então já lançou mais quatro álbuns, sempre conciliando a sofisticação de letras e arranjos com a capacidade de criar sucessos, entre eles Ai, ai, ai… e Boa sorte/Good luck, um dueto com o músico californiano Ben Harper.

Tom
O maestro, compositor e arranjador Antonio Carlos Jobim nasceu em 1927, no Rio de Janeiro. Aprendeu a tocar piano na adolescência e por volta dos 20 anos já tocava em bares e boates. Em 1956, foi convidado pelo poeta e compositor Vinicius de Moraes para ser seu parceiro na trilha de Orfeu da Conceição. A partir de Se Todos Fossem Iguais a Você e de outras canções nascidas desse primeiro trabalho, os dois passaram a formar uma das duplas mais importantes da música brasileira, e em particular, da Bossa Nova. Chega de Saudade, na interpretação do lendário João Gilberto, Garota de Ipanema e outras canções revolucionariam para sempre a música brasileira e internacional. Na década de 60, assim como a Bossa Nova, a obra de Jobim ganhou o mundo e o levou a passar boa parte de seu tempo nos Estados Unidos. A natureza e as mulheres sempre foram inspiração para o compositor, como em Águas de Março, Lígia, Luiza, Ângela e Gabriela. Tom Jobim morreu em 1994.