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Violinista Wanessa Dourado. Fotos: Cido Marques

A direção da 41ª Oficina de Música de Curitiba informa, com profundo pesar, o falecimento da violinista Wanessa Dourado. Ela era uma das professoras programadas para participar da oficina. Wanessa, natural de São Paulo, era conhecida por sua habilidade como violinista, rabequeira e compositora, tendo lançado recentemente o CD “Em Volta da Fogueira”. Infelizmente, foi vítima de um acidente de trânsito no estado de São Paulo alguns dias atrás, resultando em seu falecimento neste sábado (27/1).

“Sua ausência representa uma perda irreparável para a comunidade musical”, comentou Janete Andrade, coordenadora geral da Oficina de Música de Curitiba. Wanessa foi uma presença marcante nas edições anteriores, seja como artista, professora em 2022, ou mesmo como aluna no início de sua brilhante carreira.

“Ela era uma presença que representava muito a oficina, misturando o erudito e o popular, a pluralidade de tocar nuances sinfônicas, cantar e compor. O Brasil perdeu uma pessoa muito singular”, concluiu Janete.

Na edição de 2022, Wanessa Dourado foi a solista na obra encomendada a André Memari para o encerramento da fase erudita, acompanhada pela Orquestra de Câmara de Curitiba.

Abel Rocha, que desempenha o papel de coordenador de música erudita na Oficina e ocupa a posição de regente na Orquestra de Santo André, onde Wanessa Dourado atuou como instrumentista por muitos anos, enfatiza a significativa perda que a comunidade artística enfrenta.

“É uma perda de magnitude imensurável. Wanessa era não apenas uma exímia musicista com profundo apreço pela música brasileira, mas também uma figura de notável competência e alegria contagiante. Estamos profundamente consternados, pois a sua ausência representa uma lacuna em diversos aspectos. Wanessa era uma presença ativa em múltiplos projetos, demonstrando sua dedicação e alegria pela música”, lamenta Abel Rocha.

Premiada

Wanessa Dourado, premiada compositora da Fejacan 2023, vencedora do Prêmio Funarte RespirArte 2020 e agraciada com o Prêmio Nabor Pires Camargo 2018, co-fundou o Quarteto Fios de Choro, grupo de música instrumental brasileira. Sua atuação marcante na cena do Choro e do Forró Paulistano desde 2017, incluindo a gravação do disco “TRAMA” do Quarteto Fios de Choro, evidencia seu compromisso e paixão pelo desenvolvimento da música autoral.

“Wanessa deixa saudades e apesar de partir tão cedo desse plano físico, traçou uma linda trajetória musical. Com seu sorriso e seu violino carregado de tanta brasilidade, deixou marcas profundas em quem teve oportunidade de conviver com ela”, encerrou João Egashira, coordenador de Música Popular Brasileira da Oficina.