Figurar em grandes empresas, clubes gigantes de futebol ou equipes de ponta da Formula 1 é o sonho de todo profissional de renome. Mas o badalado engenheiro Adrian Newey surpreendeu quando anunciou sua troca da Red Bull pela Aston Martin, no primeiro semestre. Ele era cotado na Ferrari para trabalhar pela primeira vez na carreira com Lewis Hamilton e teve de explicar o motivo da escolha nesta sexta-feira, alegando que buscava um novo desafio e queria “voltar à velha escola.”

Em coletiva da Aston Martin, Newey não teve como fugir do assunto Ferrari e mostrou que trabalhar para uma escuderia que vive os moldes de 20 anos atrás no quesito parceria/confiança de seu proprietário, fez a diferença na escolha.

Desde maio, quando oficializou sua saída da Red Bull, atual tricampeã de Pilotos com Max Verstappen, que Newey viu seu nome envolvido em diversas equipes. Hamilton chegou a dizer que seria um “privilégio” trabalhar a seu lado e a torcida da escuderia ficou irradiante. Mas a escolha pela Aston Martin surpreendeu a todos – começa a trabalhar na equipe em março de 2025.

Muito Agradecido pelas ofertas/sondagens na Fórmula 1, o profissional de 65 anos explicou que buscava por “um novo desafio” e trabalhar com Lawrence Stroll, proprietário da equipe de Silverstone, acabou sendo “uma escolha fácil.”.

“Acho que, da minha parte, fiquei muito lisonjeado com o número de equipes que me abordaram”, explicou Newey. “Tive conversas com algumas dessas equipes, não com todas. No final, tornou-se uma escolha muito clara e natural, pela busca de um novo desafio”, disse. “Perto do final de abril, decidi que precisava fazer algo diferente.”

E não poupou elogios a Stroll. “Lawrence e eu nos conhecemos de longos anos, frequentemente nos esbarramos nas corridas, principalmente do Oriente Médio e do Extremo Oriente. Como anunciei a todos que deixaria a antiga equipe, fiquei muito lisonjeado por ter recebido muitas abordagens de várias equipes, mas, na verdade, a paixão, o comprometimento e o entusiasmo de Lawrence foram muito cativantes e muito persuasivos”, explicou.

“A realidade é que, se você voltar 20 anos, o que agora chamamos de Team Principals eram, na verdade, os donos dos times, Frank Williams, Ron Dennis, Eddie Jordan… Nesta era moderna, Lawrence é realmente único por ser o único dono de time propriamente ativo”, foi além. “É uma sensação diferente quando você tem alguém como Lawrence envolvido assim, é voltar ao modelo da velha escola. E ter a chance de ser um acionista e um parceiro é algo que nunca fui realmente, ou não foi oferecido a mim antes. É uma oportunidade que estou muito ansioso. Tornou-se uma escolha muito natural.”