O Athletico Paranaense enfrenta o Bolívar, nesta terça-feira (dia 1º) às 21 horas (de Brasília), na altitude de 3.600 metros de La Paz, no jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores. O Furacão tenta igualar uma façanha que só dois campeões da Libertadores conseguiram.
Como mandante, o Bolívar só sofreu duas derrotas para brasileiros em toda história da Libertadores. E ambas foram para equipes que acabaram conquistando o título naquele ano.
A primeira derrota foi para o Grêmio, por 2 a 1, em 1983, pela fase de grupos. O time gaúcho avançou e acabou como campeão, conquistando o título com grande futebol do zagueiro De León, do meia Tita e do ponta Renato Gaúcho. Em seguida, foi campeão mundial, derrotando o Hamburgo, da Alemanha.
A segunda derrota do Bolívar como mandante contra brasileiros foi para o Palmeiras, na fase de grupos de 2020, por 2 a 1. A equipe paulista também ficou com o título da Libertadores naquele ano.
Nos demais 13 confrontos contra brasileiros em La Paz, o Bolívar venceu nove e empatou quatro. Um desses jogos foi contra o Athletico Paranaense, em 2002, no empate em 5 a 5.
Bolívar na Libertadores
37 participações
251 jogos
100 vitórias
54 empates
97 derrotas
371 gols pró
382 gols contra
Bolívar como mandante na Libertadores
83 vitórias
27 emates
15 derrotas
Desempenho em 2023
Campeão nacional em 2022, o Bolívar é o quarto colocado do campeonato nacional em 2023, com dez vitórias, cinco empates e cinco derrotas. Está atrás do líder The Strongest, do vice Always Ready e do Nacional Potosí.
No total da temporada, somando todas as competições, o Bolívar tem bom desempenho como mandante, com 13 vitórias, um empate e uma derrota. A única derrota foi para o Jorge Wilstermann, por 3 a 1, pelo campeonato nacional, em abril.
Na Libertadores, o Bolívar venceu os três jogos em casa (3 a 1 no Palmeiras, 1 a 0 no Barcelona-EQU e 2 a 0 no Cerro Porteño-PAR). Fora de casa, perdeu para Palmeiras e Barcelona, mas goleou o Cerro (4 a 0).
Série invicta
O Bolívar não perde em casa na Libertadores desde 2020, quando levou 3 a 2 do Guaraní-PAR, pela fase de grupos. Desde então, foram seis vitórias e um empate como mandante na competição.
Athletico tenta terceira vitória na altitude
O Athletico tenta vencer uma partida na altitude pela terceira vez na história. Veja o retrospecto
Jogos do Athletico na altitude
| Jogo | Altitude | Competição |
| Bolívar 5×5 Athletico | 3.660 (La Paz) | Libertadores 2002 |
| Olmedo 2×1 Athletico | 2.750 (Riobamba) | Libertadores 2002 |
| Independiente Medellín 2x2 Athletico | 2.600 (Bogotá) | Libertadores 2005 |
| Pachuca 4×1 Athletico | 2.400 (Pachuca) | Sul Americana 2006 |
| The Strongest 2×1 Athletico | 3.660 (La Paz) | Libertadores 2014 |
| Millonarios 1×0 Athletico* | 2.600 (Bogotá) | Libertadores 2017 |
| Jorge Wilstermann 3×2 Athletico | 2.560 (Cochabamba) | Libertadores 2019 |
| Jorge Wilstermann 2×3 Athletico | 2.560 (Cochabamba) | Libertadores 2020 |
| Aucas 0x1 Athletico | 2.800 (Quito) | Sul-Americana 2021 |
| LDU 1×0 Athletico | 2.800 (Quito) | Sul-Americana 2021 |
| The Strongest 5×0 Athletico | 3.660 (La Paz) | Libertadores 2022 |
Como se adaptar
O técnico do Athletico, Wesley Carvalho, explicou como pretende se adaptar à altitude de La Paz. “Vamos chegar um dia antes para tentar se adaptar nos cruzamentos, para eles perceberem qual é o tempo de bola. Conversando com todos os treinadores que trabalharam lá, todos foram enfáticos em duas coisas: evitar os cruzamentos e os chutes com menos de 40 metros”, destacou, em entrevista coletiva.
Carvalho não revelou se a estratégia será marcar com pressão alta ou ficar mais recuado. “O Cerro tentou fazer marcação lá em cima, teve dificuldade, não conseguia voltar. O Palmeiras a mesma coisa, com marcação média e alta. O Barcelona teve proposta diferente de ficar baixo e levou gol no final. Todos foram lá e perderam. Vamos tentar fazer um jogo seguro e inteligente”, comentou.
