Em relato emocionante, ídolo do Athletico conta sobre luta para virar jogador e elogia Diniz

Silvio Rauth Filho

Bruno Guimarães (Crédito: Valquir Aureliano)

O meio-campista Bruno Guimarães, 25 anos, publicou um texto nessa sexta-feira (dia 24) no The Players´ Tribune, site dedicado exclusivamente a depoimentos pessoais de jogadores. Na carta, ele contou como foi a infância sofrida no Rio de Janeiro e afirma que foi rejeitado por Botafogo e Fluminense. Disse que chorou na primeira noite longe dos pais e que ficava tão nervoso antes dos jogos que chegava a vomitar. No relato, revela que dormiu com ratos e que chegou a preparar um ‘plano B’ para virar taxista. Para completar, rasgou elogios ao técnico Fernando Diniz.

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Abaixo, um resumo com os pontos mais marcantes da carta de Bruno Guimarães, que foi revelado pelo Audax e virou ídolo do Athletico Paranaense, conquistando títulos entre 2017 e 2019.

VÔMITOS
“Quando comecei a jogar em um time de verdade, eu achava que não jogava nada. Ficava tão agitado na noite anterior aos jogos que tinha dores de estômago e começava a vomitar. Eu tinha dor de cabeça e febre às vezes e não conseguia dormir”

REJEITADO
“Entre 11 e 12 anos, fiz teste para Botafogo e Fluminense e fui mandado de volta para casa. Eles não me quiseram”

DORMITÓRIO
“Eles deixaram seu único filho em uma cidade desconhecida, com um monte de crianças que ele não conhecia, em um dormitório apertado com 18 beliches. Eu chorei na primeira noite. Chorava todas as noites.”

TAXISTA
“Aos 17 anos, ainda não tinha contrato profissional. Eu estava bolando um plano B para me tornar um motorista de táxi como meu pai. Eu ganhava apenas uns R$ 400 por mês, e acho que minha conta de celular era de R$ 100. Se eu não conseguisse um contrato profissional aos 18 anos, teria que ser realista. Eu não queria que meus pais ficassem desapontados, então menti e disse que estava fazendo o teste de habilitação porque sonhava em ter um Golzinho quando assinasse o contrato. Mas, na verdade, eu estava trabalhando em meu plano B para a ‘vida real’.”

DINIZ
“O grande Fernando Diniz entrou na minha vida como técnico do Audax”. “Ele disse: ‘Você tem a alma de um grande jogador’.”