Roberto Costa Cabral nasceu em Santos, em 1954. Trabalhava como bancário até 1972, aos 18 anos, quando foi aprovado para as categorias de base do Santos. Em 1976, passou pelo Criciúma e só chegou ao Athletico Paranaense em 1978, aos 24 anos.
A partir dali, Roberto virou mais que um goleiro. Ganhou o apelido de Mão de Anjo, com defesas espetaculares e segurança sobrenatural.
Em 1981, foi emprestado por três meses ao Coritiba para a Taça de Prata – equivalente à segunda divisão nacional na época. Chegou às semifinais, ficou 601 minutos sem sofrer gols e terminou como goleiro menos vazado.
O auge, porém, foi no próprio Athletico, conquistando o Paranaense de 1982 e brilhando no Brasileirão de 1983. Naquele ano, Roberto brilhou em toda competição e teve uma atuação épica contra o São Paulo de Careca nas quartas de final. Nas semifinais, o Furacão não passou pelo Flamengo de Zico, mas impressionou o Brasil pela qualidade de jogo.
No fim, o goleiro terminou como melhor jogador da competição, com a nota média 8,41 na Bola de Ouro, da Revista Placar, superando craques como Eder Aleixo (Atlético-MG), Reinaldo (Atlético-MG), Paulo Isidoro (Santos), Pita (Santos) e Júnior (Flamengo).
Até hoje, só dois jogadores ganharam a Bola de Ouro atuando por clubes paranaenses: Roberto Costa em 1983 e Alex Mineiro em 2001.
Em 1984, Roberto foi para o Vasco, onde jogou com Roberto Dinamite e passou a usar o nome ‘Roberto Costa’. Ganhou novamente a Bola de Ouro da Placar. Até hoje, é o único goleiro que venceu duas vezes a Bola de Ouro, superando os lendários Taffarel (uma vez), Rogério Ceni (uma), Valdir Peres (uma) e Cejas (uma).
Em seguida, Roberto Costa chegou à seleção brasileira e atuou em um amistoso contra a seleção inglesa. Em 1987, voltou para o Athletico e encerrou a carreira em 1990.
Aniversário do Bem Paraná
Para comemorar os 41 anos, o Bem Paraná publica uma série de reportagens especiais. Serão 41 reportagens sobre lugares de Curitiba, 41 sobre manias dos curitibanos, 41 craques de futebol do Paraná, 41 filmes (um por ano, desde 1983) e 41 bandas e músicos da capital paranaense. O aniversário é comemorado no dia 17 de junho.
- A série ’41 craques do futebol do Paraná’ foi organizada com esses critérios:
- 1) votação do Bem Paraná em 2023
- 2) títulos e façanhas coletivas
- 3) desempenho individual
- 4) participação em seleção brasileira
- 5) relevância para o futebol paranaense
A lista traz os melhores dos últimos 41 anos nesses quesitos.
- Adoilson, o meia goleador e multicampeão pelo Paraná Clube
- Você lembra do craque Ademir Alcântara, que brilhou no Pinheiros, no Coritiba e na Europa?
- Adílson Batista, revelado pelo Athletico, virou o Capitão América
- Adriano, o lateral ambidestro que saiu do Paraná Clube para brilhar no Coritiba e no Barcelona
- Adriano Gabiru, o meia que colecionou títulos no Athletico e chegou à seleção brasileira
- Alex, o maior craque do futebol paranaense nos últimos 41 anos
- Alex Mineiro, o artilheiro do título brasileiro do Athletico
- Assis, craque do ‘Casal 20’ e da seleção do centenário do Athletico
- Bruno Guimarães, pupilo de Diniz, virou ídolo no Athletico e craque da Premier League
- Dagoberto, o único paranaense a conquistar cinco títulos do Brasileirão
- Dida, o lateral de seleção que surgiu no Colorado e foi campeão brasileiro no Coritiba
- Dionísio, o ‘Sangue Bom’, se destacou no Athletico, no Coritiba e no Pinheiros
- Edinho Baiano conseguiu ganhar títulos por Paraná, Athletico e Coritiba
- Fernandinho saiu do Athletico, ganhou o mundo e fez a cabeça de Guardiola
- Flávio Pantera, goleiro campeão pelo Athletico e pelo Paraná Clube
- Gil Baiano, lateral com talento de seleção brasileira e campeão pelo Paraná Clube
- João Antônio, volante que brilhou de ‘área a área’ no Paraná Clube e no Athletico
- Kléber, quarto maior artilheiro da história do Athletico
- Kléberson, o paranaense que conquistou o Brasil pelo Athletico e o mundo pela seleção brasileira
- Lela, o artilheiro que encantou João Saldanha e levou o Coritiba ao título brasileiro
- Lucio Flavio, o curitibano revelado no futsal que fez história no Paraná Clube
- Luisinho Netto, o lateral artilheiro na Libertadores e nos Atletibas
- Nem, o líbero que conquistou títulos nacionais pelo Paraná Clube e pelo Athletico
- Miranda, o garoto de Paranavaí que virou gigante no Coritiba e foi campeão pela seleção
- Nikão, multicampeão pelo Athletico e autor de obra-prima em final histórica
- Rafael Cammarota, o melhor goleiro do futebol paranaense nos últimos 41 anos
- Pachequinho, craque com DNA de boleiro que brilhou no Coritiba
- Rafinha, o melhor lateral-direito do futebol paranaense nos últimos 41 anos
- Reginaldo Nascimento saiu do Matsubara para ganhar títulos e registrar recordes pelo Coritiba
- Régis, goleiro pegador de pênaltis que foi pentacampeão pelo Paraná Clube
- Renan Lodi, eleito o melhor lateral-esquerdo do futebol paranaense nos últimos 41 anos
- Ricardinho, o craque do Paraná Clube que ganhou o mundo com a seleção brasileira
