Sérvio número um do mundo teve entrada negada na Austrália por não estar vacinado contra a COVID-19

O caminho para o título do Australian Open 2022 está aberto, para a alegria das casas de apostas. O tenista número um do mundo, Novak Djokovic, está fora do primeiro Grand Slam do ano por não estar vacinado contra a COVID-19, um requisito para entrar na Austrália. A decisão do governo do País deixa o torneio aberto para um dos maiores nomes da história do esporte alcançar um incrível recorde ou para um jovem talento colocar as mãos no troféu.
O sérvio de 34 anos chegou a ficar vários dias no País esperando a deliberação das autoridades competentes sobre o seu caso, mas acabou deportado em 16 de janeiro após um processo judicial que durou dias. As razões apontadas foram o seu status de vacinação e também problemas na documentação apresentada pelo jogador.
Djokovic, o maior nome do esporte no momento, era considerado o favorito para a conquista de mais um título, que o levaria para 21 Grand Slams na carreira. O número significaria um recorde histórico. Atualmente, Novak está empatado com o espanhol Rafael Nadal e o suíço Roger Federer, com 20 conquistas.
O sérvio também poderia chegar na décima conquista do Australian Open. Atual tricampeão, ele possui nove troféus do torneio de Melbourne, sendo o maior vencedor do torneio masculino de simples. Ele também é maior vencedor seguido na Austrália da era Open do tênis, tendo emendado os troféus de 2019 a 2021.

Ausência que pode gerar oportunidades para Nadal
Com Djokovic fora da competição, a oportunidade de um tenista alcançar o vigésimo primeiro título de Grand Slam da carreira na final marcada para 30 de janeiro agora é apenas de Rafael Nadal. Já que Federer, de 40 anos, também está fora para seguir se recuperando de uma operação no joelho, é apenas do espanhol a chance de se tornar o tenista com mais títulos de Grand Slams.
Mas o feito está longe de ser algo fácil, mesmo com a carta Djokovic fora do baralho. Aos 35 anos e com uma carreira marcada por lesões, Nadal apenas venceu o Aberto da Austrália uma vez na carreira, em 2009. Para alcançar o marco histórico, portanto, o espanhol teria que conquistar o bicampeonato do Australian Open mais de 10 anos após o seu primeiro e único título em Melbourne.
Desde 2019, as honrarias obtidas por Nadal em Grand Slams são as edições dos torneios de Roland-Garros, na França, em 2019 e 2020, e o US Open, disputado em Nova Iorque, em 2020.
Além de precisar se superar para encontrar sucesso na Austrália, algo que não acontece há mais de uma década, Nadal também irá enfrentar uma competição de alto nível. Com ou sem Djokovic entre os postulantes.

Favoritos do Australian Open
O russo Daniil Medvedev, que venceu o US Open de 2021, o último torneio de alto escalão da última temporada, por exemplo, é um dos favoritos. Na ocasião, Medvedev derrotou Djokovic, negando ao sérvio a honra de conquistar todos os quatro Grand Slams em uma mesma temporada — algo inédito na era Open de tênis. Aos 26 anos e atual número dois do mundo, o russo busca abrir a temporada 2021 como encerrou a de 2020: levantando um troféu.
Já o alemão Alexander Zverev, de 24 anos, segue em busca de seu primeiro Grand Slam. O atual número três do mundo conquistou a medalha de ouro do tênis masculino de simples em Tóquio nas Olimpíadas de 2020, em setembro de 2021.
O grego Stefanos Tsitsipas, de 23 anos, e o russo Andrey Rublev, de 24, são outros nomes da nova geração do tênis. Atualmente na quarta e quinta colocação do ranking da ATP, respectivamente, ambos buscam o primeiro título de Grand Slam e devem pertencer ao grupo de atletas que irá figurar na elite do esporte após as aposentadorias de Djokovic, Nadal e Federer.
Ainda há espaço para uma surpresa maior ainda, como o jovem canadense Félix Auger-Aliassime, de 21 anos, que vem impressionando fãs de tênis do mundo todo com seu jeito elegante e ágil de jogar, sendo apontado como uma futura estrela. Atualmente, Auger-Aliassime, que chegou na semifinal do US Open em 2020, é o número nove do mundo.
A final masculina do Australian Open de 2022, marcada para 30 de janeiro, pode apresentar ao mundo um novo campeão de Grand Slam, dar a Nadal um marco histórico ou confirmar a ascensão de Medvedev como o novo grande nome do momento. Independentemente do resultado, a certeza é de que vale ficar de olho no primeiro Grand Slam da temporada 2022 do tênis.