Após queda para Marrocos na Copa, Parlamento português condena Mundial no Catar

Estadão Conteúdo

Quase uma semana depois de ver a seleção portuguesa dar adeus à Copa do Mundo, após eliminação nas quartas de final, para o Marrocos, o Parlamento português aprovou resolução condenando a realização do torneio no Catar.

A proposta foi apresentada pelo Pan, grupo político de Portugal que se vincula à defesa dos direitos humanos, dos animais e da natureza. O projeto teve maioria na Câmara, incluindo o apoio do partido Socialista, que apoia o governo.

As violações dos direitos humanos no Catar e a quebra das causas trabalhistas de operários migrantes, assim como os direitos das mulheres e da comunidade LGBTI constam do documento aprovado pelo parlamento. Os crimes contra o meio ambiente também são citados, assim como às responsabilidades atribuídas à Fifa, organizadora do evento.

A polêmica em torno da realização da Copa do Mundo no Catar teve desdobramentos antes mesmo de o torneio ter início. O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza, chegou a tecer críticas contra o país sede em relação à violação dos direitos humanos.

O dirigente político, no entanto, esteve no Catar para ver um dos jogos da seleção portuguesa na competição. O chefe de estado assistiu à estreia do time do técnico Fernando Santos no Mundial, na vitória de 3 a 2 sobre Gana.

Embaixador de Portugal em Doha, Paulo Pocinho foi cobrado a dar explicações às autoridades do Catar pelas declarações de Rebelo de Souza. Apesar do mal estar criado essa rusga acabou sendo superada.