Deschamps elogia força mental e o espírito coletivo da França: ‘Orgulho do grupo’

Estadão Conteúdo

Campeão mundial em 2018 na direção da França, Didier Deschamps ainda não tinha passado tanto sufoco em um jogo no Catar quanto sofreu diante da Inglaterra nesta sábado, pelas quartas de final. Foi suada e tensa a classificação às semifinais. Após levar a melhor no jogo mais atrativo da competição até então, por 2 a 1, o treinador não poupou elogios À força mental e o espírito coletivo de sua seleção.

“Foi difícil, mas estou muito orgulhoso deste nosso grupo de jogadores”, disse o técnico francês na entrevista após o jogo. “Quando a qualidade não basta para superar o adversário, há a força mental e um senso coletivo, mesmo entre os jogadores mais jovens”, elogiou. A França passou aperto por vezes em campo e ainda viu Harry Kane ter a chance de empatar no fim em cobrança de pênalti por cima do travessão.

Na avaliação do treinador, as estatísticas não foram as habituais por virtude da Inglaterra, uma oponente à altura da bicampeã do mundo. “A Inglaterra tem uma equipe forte na marcação e não permitiu que concretizássemos todo o nosso plano de jogo”, diagnosticou. “Mas, apesar disso, soubemos criar situações para marcar gols e por isso vencemos.”

Deschamps explicou que para se prevenir de riscos maiores, a França procurou manter a postura mais defensiva, durante boa parte do jogo, em vez de lançar-se com tudo ao ataque. “Este time da Inglaterra pode causar danos aos adversários, por isso tivemos que nos concentrar na marcação do time deles.”

Satisfeito com a classificação, o experiente técnico evitou pular etapas e falar sobre uma possível disputa do título com Argentina ou Croácia. Mesmo com sua seleção favorita na semifinal, optou por pregar total respeito a Marrocos, adversário de quarta-feira. “Ninguém imaginava que eles estivessem na semifinal e, agora, podem jogar uma final, como a gente”, ressaltou, sem esconder que “todo cuidado é pouco” contra a sensação e grande surpresa da Copa.