Mbappé e Messi (foto: Reprodução / Twitter Fifa)

De um lado, o jovem Mbappé, 23 anos – fará 24 no dia 20 – e que já tem um título do campeão Mundial. Do outro, o veterano Messi, 35 anos, seis prêmios de Melhor do Mundo da Fifa no currículo. Na Copa do Mundo de 2022, ambos conduziram França e Argentina, respectivamente, à decisão do título. Cada um deles marcou cinco gols. E o time que sair vencedor no estádio Lusail, no Catar, neste domingo (18), às 12 horas, será um tricampeão.

A Argentina foi campeã da Copa que ela mesma sediou, em 1978, ao bater a Holanda na final (3 a 1). E repetiu a dose em 1986, ao derrotar a Alemanha na decisão (3 a 2). Os franceses conquistaram seu primeiro título em 1998, numa Copa na própria França, após sapecarem 3 a 0 no Brasil. Em 2018, venceram a Croácia (4 a 2) e chegaram ao bicampeonato.

Desde 1982 uma Copa do Mundo não confronta os dois atuais artilheiros da competição na decisão do título. Na época, o italiano Paolo Rossi e o alemão Karl-Heinz Rummenigge chegaram à final com cinco gols marcados cada um. Rossi fez um na decisão do título, vencida pela Itália (3 a 1), e saiu do Mundial como campeão, artilheiro (6 gols) e eleito melhor jogador. Na época, Itália e Alemanha tinham dois títulos cada. Os italianos se consagraram tricampeões na ocasião – depois, ainda ganharam o tetra em 2006. O tricampeonato fatalmente sairá para a França ou para a Argentina neste domingo. Entre Mbappé e Messi, a tendência é que o prêmio de melhor da Copa será destinado a quem se sobressair na final no Catar.

Até hoje, Mbappé não conseguiu o prêmio de Melhor do Mundo da Fifa, ao passo que Messi venceu seis ao todo (2009, 2010, 2011, 2012, 2015 e 2019). Mas o francês tem a medalha de campeão mundial, que falta ao argentino – ele já tentou quatro vezes (2006, 2010, 2014 e 2018) e até agora chegou perto apenas em 2014, quando perdeu a final para a Alemanha.

Na França, a conquista da Copa do Mundo seria a segunda não apenas para Mbappé, mas também para outros nove jogadores – os goleiros Lloris, Mandanda e Areola, os laterais Pavard e Lucas Hernández, o zagueiro Varane, o meia-atacante Griezmann e os atacantes Giroud e Dembélé – e o técnico Didier Deschamps, todos campeões em 2018, na Rússia. Para Messi, seria o encerramento dos sonhos da carreira, até porque já confirmou que esta é sua última Copa. Ele nem era nascido quando a Argentina conquistou seu último troféu – em 1986, com o talento de Diego Maradona.

Reencontro

Em 2018, nas oitavas de final da Copa na Rússia, Mbappé e Messi se encontraram em campo. O francês registrou uma cena histórica, ao passar como uma Ferrari pelos fuscas argentinos e ser derrubado por Rojo na área – o pênalti, convertido por Griezmann, abriu o placar na vitória francesa por 4 a 3. Messi pouco conseguiu fazer numa Argentina bagunçada no plano tático e no ambiente interno, com os jogadores às turras com o técnico Jorge Sampaoli.

Quatro anos depois, Messi comanda o show de uma Argentina com torcida que tem lotado estádios no Catar e deve tomar conta da arena de Lusail. A França se tornou um time eficiente, com Griezmann como maestro no meio-campo e Mbappé como arma mortal no contra-ataque.

Companheiros

Messi e Mbappé jogam juntos no Paris Saint-Germain. O argentino foi a contratação de impacto há duas temporadas. Mas o francês virou praticamente o dono do time, depois de ter recusado uma oferta milionária do Real Madrid.