Lloris diz que final da Copa do Mundo pareceu luta de boxe: ‘Golpe a golpe’

Estadão Conteúdo

Capitão da equipe da França, o goleiro Hugo Lloris comparou a final da Copa do Mundo do Catar a uma luta de boxe, em que a Argentina foi melhor no começo e a França, no segundo tempo. O jogador, contudo, não deixou de lamentar a derrota francesa nos pênaltis após empate por 3 a 3, no tempo normal e na prorrogação.

“É verdade que perdemos o primeiro tempo, com muitos desperdícios técnicos, não ganhamos os duelos. Eles nos colocaram em dificuldade. No meio do segundo tempo, tivemos a explosão de orgulho e o talento de Kylian para voltar e fazer 2 a 2. Foi como uma luta de boxe, golpe a golpe”, comentou o goleiro ao canal francês TF1.

O francês se refere ao equilíbrio do confronto, que teve a Argentina na frente, com 2 a 0 no primeiro tempo. Os franceses buscaram o empate rapidamente na metade do segundo tempo. Na prorrogação, a equipe argentina voltou a abrir vantagem. Mas, novamente, a França igualou o marcador, forçando a disputa de pênaltis.

Com a derrota, Lloris não conseguiu tornar-se o primeiro jogador a erguer a Copa do Mundo por duas vezes consecutivas. “Não posso expressar em palavras a tristeza que eu e meus companheiros estamos sentindo, depois de chegarmos tão perto de conquistar a Copa do Mundo pela segunda vez”, disse ele.

Mas, apesar de abatido, o goleiro fez questão de ressaltar o esforço e o espírito de luta da seleção francesa. “Mesmo quando tivemos a desvantagem de estarmos perdendo por 2 gols de diferença, não nos rendemos e fomos em busca do empate e até da vitória”, disse Lloris. “Mesmo com todas as dificuldades lutamos até o final. Os pênaltis se decidem por detalhes.”

O experiente jogador admitiu a fraca apresentação francesa no primeiro tempo. Mas tratou de valorizar a reação na etapa final. “Nosso time se recompôs em campo e mudou de atitude: mesmo quando perdíamos, continuamos a acreditar que podíamos reverter a desvantagem”, afirmou.

Também abatido, o zagueiro Raphael Varane definiu o sentimento dos jogadores da França como um misto de tristeza e orgulho. “Apesar de ter começado esta final bem abaixo do nosso nível, soubemos nos recompor para buscar o empate, por duas vezes”, disse ele.

De acordo com o defensor, a melhor condição física dos jogadores da seleção da França foi uma das chaves para a reação. “Sentíamos que tínhamos mais pernas do que os argentinos e decidimos atacar. Depois de obtermos o empate, tivemos até ocasiões para virar o marcador. Nós demos tudo que podíamos.”