Maldição da Bola de Ouro: melhor jogador da Copa não costuma ganhar o torneio

Estadão Conteúdo

Ser o melhor jogador de uma edição de Copa do Mundo é uma tarefa árdua e, para muitos atletas, um sonho a ser realizado. O retrospecto da premiação, no entanto, indica que se você deseja levantar a taça do Mundial, talvez seja melhor abrir mão da Bola de Ouro concedida pela Fifa.

Nas últimas seis edições do torneio, os seis jogadores escolhidos como o destaque individual da Copa não se sagraram campeões. Foi assim com Ronaldo em 1998, Oliver Kahn em 2002, Zinedine Zidane em 2006, Diego Forlán em 2010, Lionel Messi em 2014 e Luka Modric em 2018.

Enquanto a maioria teve de se consolar com um segundo lugar no Mundial, o uruguaio Forlán foi o único dos seis que ficou fora do pódio e amargou uma quarta posição.

A tendência, no entanto, parece ser recente. Antes de Ronaldo ganhar como melhor jogador da Copa do Mundo de 1998, e o Brasil ser derrotado pela França na final, era comum que o Bola de Ouro do Mundial fizesse parte da seleção vencedora do torneio.

Estabelecido em 1982 para a Copa do Mundo da Espanha, três dos quatro vencedores antes de Ronaldo se sagraram campeões. Foram eles Paolo Rossi em 1982, Diego Maradona em 1986 e Romário em 1994. Em 1990, o vencedor foi o italiano Salvatore Schillaci, que ficou em terceiro lugar no campeonato com a Itália.

Para Messi, que ganhou o prêmio em 2014, a classificação da Argentina à final do torneio após 3 a 0 sobre a Croácia é uma nova chance de levar o verdadeiro troféu para casa e não somente o “prêmio de consolação”.