Confusões de torcidas em jogo do Coritiba são citadas em súmula e podem render punição

Redação Bem Paraná
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Torcida tenta invadir o campo do estádio Germano Krüger em Ponta Grossa (foto: reprodução de TV Premiere)

Tentativa de invasão de torcida, bate-boca entre torcedores e jogadores e objetos jogados ao campo. As confusões envolvendo torcedores na partida entre Operário e Coritiba no estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa, neste domingo (15), podem render punições aos dois clubes. Os eventos foram citados em súmula pelo árbitro da partida, o paranaense Lucas Paulo Torezin.

A primeira ocorrência foi aos 14 minutos. Em seguida ao gol do Coritiba, um copo com líquido “estranho” foi atirado no campo, vindo da torcida do Operário. O fato foi registrado na súmula, mas o torcedor não foi identificado.

Quando o Operário empatou o jogo, aos 36 minutos, houve um bate-boca entre jogadores reservas do time da casa, que estavam aquecendo atrás do gol, e torcedores do Coritiba. Vários objetos foram atirados ao campo. Um dos jogadores, o lateral reserva Sávio, foi expulso por bater boca com a torcida. Em seguida, torcedores forçaram para invadir o campo. O policiamento foi acionado. Ao todo, a partida ficou paralisada por 11 minutos. O gol da vitória do Operário saiu aos 61 minutos.

“Após o primeiro gol da equipe mandante, a torcida visitante lançou vários copos com líquido e um isqueiro, na direção da área de aquecimento dos suplentes da equipe mandante. Dos objetos lançados, vários caíram no campo de jogo e, na sequência, após a equipe de arbitragem solicitar que os suplentes alterassem o lugar do aquecimento, para preservar sua segurança, e enquanto os suplentes faziam o percurso para a posição indicada, vários torcedores forçaram e derrubaram um portão que dava acesso ao campo de jogo, sendo contidos inicialmente por seguranças e posteriormente pelo policiamento, que conseguiram conter a invasão de gramado. or conta deste ocorrido, a partida ficou paralisada por 11 minutos, até que a situação fosse contida, e que a chefe do policiamento, sra. Natália Marangoni de Oliveira, desse as garantias de segurança para a continuidade da partida após o reinicio da partida. Não mais foram observados incidentes com relação a comportamento da dita torcida. Até o fechamento da súmula não fol apresentado qualquer documento identificando os infratores”, escreveu Torezin, na súmula.

Se os fatos forem a julgamento, tanto Coritiba quanto Operário correm risco de perder mandos de campo por causa da tentativa de invasão da torcida. Quanto aos objetos jogados no campo, o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) prevê multa de R$ 100 a R$ 100 mil.

Na coletiva, o técnico Jorginho, do Coritiba, afirmou não ter visto de onde começou a confusão. Mas fez críticas ao comportamento de alguns torcedores. “A gente vive num país extremamente violento. Eu vim do Rio de Janeiro, vim de comunidade, sei bem disso. As pessoas com tanto ódio. E no futebol, que é questão de paixão”, disse ele. “Uma menina de 20 anos me xingando de tudo que é nome. Cadê o pai dela? Não tem a ver com o futebol. É um desrespeito com todo mundo, é uma tristeza tão grande. Vivi no Japão, na Alemanha, nunca vi isso na minha vida. Afetar o ser humano é inadmissível”.