Marcelo Lipatin, no estádio Atílio Gionédis, caso do Hope (Crédito: Valquir Aureliano)

O CEO do Hope Internacional, Marcelo Lipatin, decidiu voltar a jogar futebol profissionalmente. Aos 46 anos, ele pode se tornar o jogador mais velho em atividade no país – não há registro de alguém com essa idade ainda em ação no país.

A ideia dele, por enquanto, é jogar os minutos finais das partidas em casa, no estádio Atílio Gionédis, em Campo Largo. “Quero trazer o benefício para os meninos, com minha presença em campo e com uma palavra de orientação”, conta Lipatin. A reestreia do veterano deve ocorrer em setembro, quando começa a terceira divisão do Campeonato Paranaense.

Nascido no Uruguai, Lipatin chegou ao Brasil aos sete anos de idade. Surgiu no futsal curitibano, atuando ao lado de Ricardinho (Copa do Mundo de 2002), Tcheco e Rodrigo Batatinha. No futebol de campo, virou atacante e acabou dispensado pelo Paraná Clube aos 18 anos, mas acertou com Paris Saint Germain em seguida. Jogou pelo Coritiba em 2000 e pelo Grêmio em 2005 e 2006. Atuou também por clubes do Uruguai, da Grécia, da Itália, do Japão e de Portugal. Pendurou as chuteiras em 2010, pelo JMalucelli.

Se Lipatin pode quebrar um recorde nacional, ainda está distante da marca mundial, que pertence ao japonês Kazu Miura, que segue atuando profissionalmente aos 56 anos. Atualmente joga pelo Oliveirense, de Portugal. O atacante asiático atuou pelo Coritiba em 1989.

O volante França, em treino do Coritiba, em 2012 (Crédito: Franklin de Freitas)

Ex-Coritiba e Palmeiras, volante França reforça o Hope no Campeonato Paranaense

O volante França, 32 anos, é o único jogador contratado pelo Hope Internacional para a terceira divisão do Campeonato Paranaense de 2023. Os demais são oriundos das categorias de base do clube de Campo Largo, além do CEO Marceli Lipatin, 46 anos, que decidiu voltar à ativa dentro do gramado.

França jogou no Coritiba em 2012, no Hannover (Alemanha) de 2012 a 2013 e no Palmeiras em 2014. Também defendeu o Londrina em 2016, 2017 e 2019 e o FC Cascavel em 2022.

Agora, ele chega para reforçar o Hope principalmente em funções fora do campo. “Ele chega com função bem específica no clube. Não vem como jogador contratado como reforço para a equipe principal. Vem para fazer a transição de carreira dele. Vai jogar também porque acreditamos que ele vai ser importante para grupo”, conta o executivo de futebol Matheus Saroli, explicando que França será auxiliar do time sub-16.

Marcelo Lipatin e Thiago Rogiski no estádio Atílio Gionédis (Crédito: Valquir Aureliano)

Estádio Atílio Gionédis ganha grama sintética e clube espera atrair torcida de Campo Largo

O estádio Atílio Gionédis passou por uma reforma para abrigar seus novos projetos. Além da mudança no visual, a principal mudança foi a instalação de um gramado sintético de boa qualidade. O imóvel pertence ao Internacional de Campo Largo, clube amador a cidade, que vai dividir o espaço com o Hope.

Para os jogos da terceira divisão do Campeonato Paranaense, o Hope espera contar com apoio dos torcedores da região. “Queremos que a população de Campo Largo nos veja como o clube da cidade. Queremos ter essa relação com a cidade”, disse Marcelo Lipatin, CEO do Hope.

O diretor do Internacional de Campo Largo, Thiago Rogiski, comemora a modernização do estádio e afirma que o local pode receber cerca de 3 mil torcedores por partida. “Estamos dando mais um passo para a modernidade, para deixar suas estruturas com o que tem de melhor no mercado e no mundo, para que os atletas tenham sempre uma melhor performance , contribuindo e deixando cada vez maior o futebol de Campo Largo”, ressalta.