O novo CEO do Coritiba, Gabriel Lima
O novo CEO do Coritiba, Gabriel Lima (Crédito: Divulgação/Coritiba/JP Pacheco)

O novo CEO do Coritiba, Gabriel Lima, concedeu nessa quinta-feira (dia 8) sua primeira entrevista coletiva. Ele foi contratado no fim de julho para substituir Carlos Amodeo. Para os jornalistas, Lima disse que a Treecorp, que comprou 90% da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Coxa, já investiu R$ 100 milhões no clube. E explicou que acionistas estão insatisfeitos.

“A Trecorp já investiu mais de 100 milhões de reais no Coritiba, tem um planejamento para continuar investindo, e a ideia é que até que aconteça a estabilização, os investimentos vão ser feitos”, declarou Gabriel.

O novo CEO disse que sabe da insatisfação da torcida, mas que os resultados negativos do futebol também desagradam os investidores. “Antes de eu chegar, eu comecei a pesquisar um pouco mais profundamente, ler alguns comentários, e se fala assim: ‘a Treecorp é muito distante, não está nem aí para o Coritiba, é mais um investimento deles’. Eles são os proprietários do clube que colocaram mais de R$ 100 milhões aqui. Então, quem está mais insatisfeito pela situação que está acontecendo, além do torcedor, é o próprio acionista”, explicou.

“Então, o que eu posso te dizer e reiterar é a confiança que eu tenho no grupo de trabalho, a confiança que eu tenho na direção esportiva hoje para fazer melhores investimentos, bons investimentos que vão trazer resultado. E, de novo, é uma questão de transição. A gente está transitando de um momento mais instável para um momento de estabilidade e as bases estão se solidificando. Então, eu acredito muito nisso”, completou Gabriel.

SAF de R$ 1,3 bilhão

Em maio de 2023, quando o acordo da SAF foi divulgado, a Treecorp se comprometeu a investir R$ 1,3 bilhão em 10 anos. Desse total, R$ 270 milhões serão para quitar a dívida do clube. Outros R$ 100 milhões ficam destinados para a construção de um novo centro de treinamentos. A reforma e modernização do estádio Couto Pereira também está prevista no projeto, com o valor de R$ 500 milhões. O restante, R$ 450 milhões, serão para os custos operacionais do futebol.

Objetivos da SAF

“Tem objetivos administrativos e objetivos esportivos. O objetivo esportivo é uma estabilização na principal competição nacional, na Série A. Então, estabilizar o clube na Série A, esse é o primeiro objetivo. Para isso, você tem que fazer um trabalho administrativo que, isso eu posso afirmar, Também vou voltar um pouco à minha experiência passada, como eu encontrei o último clube em que eu participei do projeto. Aqui a gente está muito na frente do ponto de vista administrativo. Então, a gente tem a dívida completamente organizada, até o final do ano vai ter sido pago um terço da dívida total do Curitiba. Então, assim, o projeto as bases para o crescimento, elas estão sendo colocadas, elas estão se solidificando, e agora a gente precisa solidificar um projeto desportivo que, como eu falei, está na Série A, estar estabilizado na Série A”, explicou o CEO.

Objetivo em 2024

“A gente vai brigar pelo objetivo de estar na Série A no final da temporada. mas também que o objetivo é jogo a jogo. Então, a gente vai trabalhar jogo a jogo para começar a ter bons desempenhos jogo a jogo para a gente conseguir o objetivo no final. E, obviamente, se a gente não consegue, existe um impacto financeiro que eu também posso afirmar que, pelo que eu vi na parte administrativa, o impacto tem sido coberto sempre pelos acionistas”, destacou Gabriel Lima.

Como foram gastos os R$ 100 milhões

“Não vou entrar em muitas miudezas do contrato, até porque existem cláusulas de confidencialidade. Mas o que eu posso te dizer é que já foram mais de R$ 100 milhões, que é mais do que o compromisso que foi assumido no passado. Então, os investimentos foram feitos, estão sendo feitos e vão continuar sendo feitos dentro dos compromissos que estão programados no acordo de investimento. É dentro do compromisso que foi feito. É adicional ao orçamento do clube”, respondeu o CEO.