Morreu nesta sexta-feira (29) aos 56 anos, o ex-piloto Gil de Ferran. Considerado um dos melhores piloto brasileiro entre os que não chegaram à Fórmula 1, o brasileiro teve uma carreira de sucesso no automobilismo nos Estados Unidos.
Segundo informações do site Motorsport, Gil estava pilotando em um circuito privado na Flórida quando sofreu um mal súbito. Ele conseguiu parar o carro e foi ressuscitado no local, sendo transportado ao hospital ainda com vida, mas não resistiu. Ele deixa a esposa, Angela, e os filhos Anna e Luke.
Nascido em Paris (França) em 1967, filho do engenheiro mecânico francês Luc de Ferran, ele mudou-se para o Brasil quando tinha quatro anos de idade. Começou a competir no automobilismo nos anos 80, em categorias como a Fórmula 3 Britânica e a Fórmula 3 Internacional 3000. Na Fórmula 1, chegou a fazer teste para a equipe Arrow, mas não seguiu adiante por causa de um acidente doméstico.
No final de 1994, foi para os Estados Unidos e fez um teste para a CART (atual IndyCar Series) com a Hall/VDS Racing. Estreou na categoria com o time no ano seguinte, conquistando sua primeira vitória na última corrida do campeonato, em Laguna Seca.
Em 1997, de Ferran foi para a Walker Racing e foi vice, com 7 pódios em 17 etapas. Em 2000, ele foi para a Penske e, com duas vitórias ao longo do ano, conquistou seu primeiro título na categoria. Na temporada seguinte, emplacou o bicampeonato.
Em 2002, no período de transição para a Fórmula Indy, o brasileiro seguiu na Penske e terminou na terceira posição. Em 2003, venceu as 500 Milhas de Indianápolis com um pódio 100% brasileiro, com Hélio Castroneves em segundo e Tony Kanaan em terceiro. Ele terminou o ano com o vice.
Em 2008, criou a “de Ferran Motorsports” para competir na American Le Mans Series.
Em 2018 ele foi contratado pela McLaren para ocupar o cargo de diretor esportivo no lugar de Éric Boullier, ficando no time de Woking até o começo de 2021. No início de 2023, ele retornou à McLaren na função de consultor após a saída de Andreas Seidl.
