Morre Zagallo, campeão mundial como jogador, técnico e coordenador

Redação Bem Paraná, com agências
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Zagallo (foto: Lucas Figueiredo / CBF)

Mário Jorge Lobo Zagallo, o único tetracampeão mundial de futebol, morreu na noite desta quinta-feira (5), aos 92 anos, no Rio de Janeiro. A informação foi dada pelo perfil oficial do ex-treinador no Instagram na madrugada desta sexta-feira (6).

“É com enorme pesar que informamos o falecimento de nosso eterno tetracampeão mundial Mario Jorge Lobo Zagallo. Um pai devotado, avô amoroso, sogro carinhoso, amigo fiel, profissional vitorioso e um grande ser humano. Ídolo gigante. Um patriota que nos deixa um legado de grandes conquistas. Agradecemos a Deus pelo tempo que pudemos conviver com você e pedimos ao Pai que encontremos conforto nas boas lembranças e no grande exemplo que você nos deixa”, diz a nota.

Zagallo nasceu em Atalaia (AL) em 9 de agosto de 1931 e foi para o Rio de Janeiro ainda bebê. Esteve na final de Copa de 1950, no Maracanã, como soldado do exército no serviço de segurança. Como jogador, passou pelas categorias de base do América antes de ir para o Flamengo. Foi tricampeão carioca pelo Flamengo, de 1953 a 1955.

Em 1958, foi titular na Copa do Mundo e chegou a fazer um gol na final contra a Suécia. O Brasil venceu por 5 a 2. Em seguida, foi para o Botafogo, onde também fez história. Em 1962, sagrou-se bicampeão mundial com a seleção, no Chile. Aposentou-se dos gramados em 1964 e virou treinador. Foi campeão estadual e nacional pelo Botafogo em 1968.

Em 1970, três meses antes da Copa, foi chamado para dirigir a seleção brasileira, no lugar de João Saldanha, que havia sido demitido. Sagrou-se campeão mundial como treinador. Foi mantido para a Copa seguinte, mas fracassou. A seleção ficou apenas em 4º lugar.

Em 1991, foi chamado para ser coordenador técnico, com Carlos Alberto Parreira de treinador. Com eles, a seleção foi campeã mundial em 1994. Zagallo então assumiu a seleção e foi vice-campeão em 1998, ao perder a final para a França (3 a 0).

A última Copa de Zagallo foi a de 2006, novamente no cargo de coordenador. Mas o Brasil, novamente treinado por Parreira, parou nas quartas de final ao ser derrotado pela França.

Zagallo dizia que, quando morresse, queria que fosse escrito “aqui jaz Zagallo, o único tetracampeão mundial” em sua lápide no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.