O técnico Tcheco
O técnico Tcheco, do Paraná Clube (Crédito: Valquir Aureliano)

O técnico do Paraná Clube, Tcheco, respondeu vaias da torcida após o empate com o Iguaçu, em União da Vitória, no último domingo (dia 9). Em entrevista coletiva, ele pediu para mandar um recado para torcedores e avisou que o clube pode fechar as portas se não conseguir retornar à primeira divisão do Campeonato Paranaense em 2024.

“Quero deixar recado para o torcedor, que estava cobrando nosso time e até chamou de time sem vergonha. Falo o contrário, quem esteve aqui pode ver a entrega do nosso time. Teve doação, espírito de guerra. O adversário não teve essas chances de gol. Os jogadores estão fazendo um trabalho para reconstruir o clube”, declarou. “É lógico que vai ficando mais difícil de ter confiança. Mas hoje foi um jogo atípico em relação àquilo que a gente produz. Mas peço essa confiança do torcedor. Se a gente não conseguir o acesso tem uma possibilidade muito grande de o clube fechar as portas”, afirmou. “No momento que o time tem dificuldade, é nesse momento que a gente precisa do torcedor”, destacou.

Após o empate, Tcheco também criticou as condições do campo no Estádio Antiocho Pereira, em União da Vitória. “Essa questão do campo. A Federação (Paranaense de Futebol) tem que fazer uma avaliação dessas condições de jogo, porque o nível cai muito, a qualidade cai muito. Estamos num momento de cobrança no futebol em todos os sentidos e mesmo na segunda divisão isso não pode acontecer. Agora não tem água (no vestiário) e não sei se isso é colocado em relatório ou não. São coisas que não são do perfil da cidade, com o povo que gosta de futebol”, reclamou.

“O campo totalmente duro. Quando você pisa, ouve o barulho da chuteira pegando no chão. É uma coisa inacreditável para o jogador sentir lesão. E o menino do Iguaçu acabou torcendo feio”, criticou o treinador, que nos tempos de jogador foi meio-campista, brilhando por Coritiba, Paraná Clube e Grêmio.

Tcheco fez outro alerta. “Existe uma placa a um metro do campo, na lateral. Nosso jogador não sei se quebrou o tornozelo ali, porque não tinha onde pisar”, avisou.

Em relação ao desempenho do time, o técnico explicou. “Fizemos um bom primeiro tempo. Até me surpreendeu a coragem dos atletas na criação que tivemos, com bola na trave e bolas na área. Poderíamos ter feito o gol ali. No segundo tempo, a gente perde um jogador e daí muda o contexto”, argumentou.