Hospital de Colombo será inaugurado em 2026, diz prefeito

Em entrevista ao Bem Paraná, prefeito reeleito Helder Lazarotto também comentou fala da candidata a prefeita de Curitiba Cristina Graeml sobre a utilização do SUS

Rodrigo Silva
Hospital de Colombo será inaugurado no início de 2026, diz prefeito

Prefeito de Colombo falou sobre hospital da cidade e deu detalhes dos planos da nova gestão a partir de 2025. Arte: Bem Paraná

Reeleito com 73,45% dos votos para ser prefeito de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, por mais quatro anos, Helder Lazarotto (PSD) foi entrevistado no programa Bem na Pauta do Estúdio Bem Paraná. Na conversa, ele falou sobre as prioridades para o município a partir de janeiro de 2025. Entre elas está a construção do Hospital Geral de Colombo.

“É um sonho da população de Colombo desde sempre com 134 anos de criação do município. Estamos na fase de cobertura do hospital. A previsão de entrega da obra pelo contrato é dezembro de 2025 e nós temos a previsão de inauguração para o primeiro semestre de 2026”, diz.

O hospital terá cerca de 13 mil m² e o objetivo é fazer com que a população tenha acesso a um atendimento mais especializado. O local terá UTI adulto, UTI infantil, cinco centros cirúrgicos, 134 leitos e um centro de especialidades com capacidade para atender até 7 mil consultas.

Para o prefeito, a obra é uma conquista de liberdade da população. “A gente não vai depender mais de outros municípios para fazer o atendimento da maioria das especialidades médicas. Vão ficar de fora do município apenas situações muito específicas e muito especiais, mas devemos atender pelo menos 90% das situações que os nossos moradores precisem”.

Na saúde em Colombo, o prefeito também falou sobre como trazer agilidade e de nas consultas médicas. Segundo ele, o município já tem procurado aumentar o número de profissionais médicos. No entanto, a solução para o problema pode estar na telemedicina.

“Estamos trabalhando no projeto da telemedicina há algum tempo para poder viabilizar e fazer com que os casos mais simples possam ser atendidos por ali”.

Contrapartida pelo SUS

Helder Lazarotto também comentou a fala da candidata a prefeita de Curitiba Cristina Graeml (PMB) que sugeria a cobrança de contrapartida pela utilização de serviços do SUS. Prefeitos de 21 municípios da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) emitiram inclusive uma nota de repúdio a declaração. Na visão dos gestores, ela “se referiu de forma discriminatória à toda a população”.

Os prefeitos acreditam que a fala de Cristina demonstra “desconhecimento da realidade de milhares de paranaenses que dependem diariamente tanto da estrutura de atendimento do SUS”.

Ao Bem Paraná, Helder descreveu a declaração de Cristina como infeliz e acredita que ela precisa conhecer melhor o funcionamento do sistema. O financiamento do SUS é tripartite. Com isso, os municípios devem destinar 15% e os governos estaduais 12%, enquanto o restante é financiado pelo governo federal.

“Primeiro, Curitiba manda muitos pacientes que custam mais caro porque vão utilizar leitos de UTI, centro cirúrgico e pronto-socorro para fora de Curitiba. Não são pacientes que usam a Unidade Básica de Saúde. Eles usam serviços mais caros e de alta complexidade. Segundo, Muitos serviços que estão instalados no território de Curitiba não são os serviços mantidos pela Prefeitura de Curitiba”.

Um dos exemplos citados pelo prefeito é o Hospital do Trabalhador, que é do Governo do Paraná mas é mantido em Curitiba para atender pacientes da capital paranaense e de outras regiões do estado.

Demandas de Colombo

O prefeito ainda falou sobre outras demandas de Colombo ligadas a áreas como segurança pública, geração de empregos e propostas para fomentar o crescimento da agricultura na cidade.

Assista ao vídeo para acessar a entrevista completa