Ainda segundo o procurador de Justiça, no ano passado somente o Estado do Paraná (ou seja, municípios e a União não estão inclusos) gastou R$ 828 milhões com a compra de produtos que constam na relação nacional, ou seja, o dado de fornecimento de medicamentos em geral. Agora, quando se fala em decisões judiciais, em 2016 o Estado foi obrigado a pagar ou custear R$ 164 milhões em medicamentos para 12 mil usuários.

Ora, 12 mil usuários precisam recorrer ao Judiciário para ter acesso ao medicamento. Isso sinaliza inconsistências grandes (no sistema). O número crescente de pessoas que procuram as instituições para pedir judicialmente alguma coisa em termo de medicamento sinaliza que em muitas hipóteses o Poder Público está falhando, apontoou Teixeira. Mas sabemos também que alguns casos dizem respeito à assistência farmacêutica que não é devida, que há casos com comprometimento ético na prescrição, muitos casos com interesse de laboratório envolvido naquilo. Temos de separar o joio do trigo.