Divulgação/Sesa – Variante teve origem na Índia ainda em outubro de 2020

A Secretaria de Estado da Saúde, o Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmaram, ontem, a transmissão comunitária da variante delta do coronavírus no Paraná. O conceito é definido quando o contágio entre pessoas ocorre no mesmo território, entre indivíduos sem histórico de viagem e sem que seja possível definir a origem da transmissão.

Mesmo com essa confirmação, a predominância atual ainda é da cepa gama (P1/amazônica), que apareceu em janeiro. Ela não tem esse status de alerta junto aos organismos internacionais, mas estudos preliminares indicam que ela também é mais contagiosa que a versão original do vírus.

A Secretaria da Saúde também confirmou mais 16 casos e seis óbitos da delta no Paraná. Agora, o Estado soma 29 casos e 12 óbitos da cepa B.1.617 do vírus da Covid-19. São sete mulheres e nove homens com idades de 12 a 83 anos. As novas confirmações foram em Araucária (1), Colombo (1), Curitiba (3), Fazenda Rio Grande (1), Piên (2), Piraquara (1), Pinhais (1), Fernandes Pinheiro (3), Irati (1), Imbituva (1) e Campo Mourão (1).

Quatro casos estão encerrados como cura, um paciente teve alta e cinco estão em investigação.

Curitiba

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba registrou ontem mais três casos de Covid-19 causados pela variante Delta do novo coronavírus no município. Com estes, já são quatro os casos da Delta confirmados na capital paranaense. Todas as amostras foram analisadas inicialmente pelo Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen-PR).

O primeiro caso, divulgado no dia 19 de julho, foi de uma gestante, de 24 anos, que passa bem. Ela não tinha histórico de viagem, mas teve contato com quem viajou no país, e, posteriormente, testou positivo para Covid-19.

Entre os três novos casos confirmados está o de uma mulher de 43 anos, que foi hospitalizada, recebeu alta e passa bem. Os outros dois casos são de uma mulher de 38 anos e um homem de 83 anos. Ambos tinham histórico de comorbidades e foram a óbito.

Os três novos casos não tinham histórico de viagem recentes, mas seus contatos estão sendo analisados. Em relação à vacina, apenas o homem de 83 anos tinha uma dose do imunizante realizada. Os demais não haviam sido vacinados.

‘Mutação’ é mais transmissível, mas letalidade ainda é estudada

De acordo com a médica infectologista da SMS, Marion Burger, a Vigilância Epidemiológica do município realizará uma avaliação mais aprofundada em relação aos contatos dos pacientes confirmados com a variante delta, para levantar dados sobre a cadeia de transmissão. “Precisamos averiguar o contexto epidemiológico”, explica.

Segundo Marion, a variante Delta é mais transmissível que as demais, mas ainda não há estudos que apontem se é mais letal. A análise para variante Delta é realizada pelo Governo do Paraná, por meio do Lacen-PR, e posteriormente enviada à Fiocruz, sendo restrita a uma amostra selecionada de casos positivos de Covid-19, dentro de um público específico, formado apenas por pessoas que foram a óbitos, gestantes e internados com casos graves.

“Devido a isso, como as amostras são selecionadas dentro deste público restrito, dá a impressão que os casos de Delta confirmados são mais graves. Mas estas amostras selecionadas só estão analisando a ponta do iceberg, pois são coletadas dentro de uma pequena parte deste grupo restrito”, explica Marion.

Segundo ela, por ser mais transmissível, porém, acaba afetando mais pessoas. “O que aumenta a chance de acometer pessoas suscetíveis a complicações. Por isso, os cuidados precisam permanecer”, diz.

De acordo com as autoridades de saúde, independentemente de haver casos de Covid-19 por diferentes variantes do novo coronavírus, as medidas de prevenção e métodos de diagnóstico e tratamento da Covid-19 seguem os mesmos. Sendo assim, não há alteração nas medidas sanitárias já adotadas, como uso de máscaras e álcool em gel, lavagem das mãos e distanciamento social.

A variante delta, linhagem B.1.617.2, originada na Índia em outubro de 2020, é uma das variantes do SARS-CoV-2 que apresenta mutações genéticas múltiplas e é denominada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) “variante de atenção/preocupação” por alterar o comportamento do coronavírus, ser mais transmissível do que outras linhagens.

Boletins Covid-19

Dia 28/07

Curitiba
Novos casos 457
Mortes 14
Total
Casos 258.679
Mortes 6.642

Paraná
Novos casos 3.390
Mortes 183
Total
Casos 1.365.330
Mortes 34.690

Brasil
Novos casos 48.013
Mortes 1.344
Total
Casos 19.797.086
Mortes 553.179

Curitiba retoma cronograma de vacinação de primeira dose contra a Covid

A Secretaria Municipal da Saúde abre, hoje, a vacinação contra a Covid-19 para moradores de Curitiba nascidos em 1985. A mudança na forma de convocação, que antes era feita por idade e agora é por ano de nascimento, serve para organizar melhor o fluxo nos pontos de vacinação e garantir o atendimento por ordem decrescente de idade, principalmente quando houver necessidade de convocar apenas metade de uma faixa etária.

Além dos nascidos em 1985, também serão atendidas hoje gestantes e puérperas (que tiveram bebês até 45 dias atrás) com declaração médica para a vacina.A previsão é imunizar cerca de 15 mil pessoas entre 35 e 36 anos. O atendimento será das 8h às 17h, em 19 pontos de vacinação da cidade.

A retomada da vacinação foi possível após Curitiba receber 23 mil doses de imunizantes para primeira aplicação, ontem. A ampliação da vacinação e a repescagem para outras faixas etárias e públicos prioritários dependem de avaliação de estoque remanescente ou chegada de nova remessa de imunizantes para a capital.

Para a vacinação das gestantes e puérperas, a Secretaria da Saúde segue as orientações da Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações, que indica mulheres desse grupo, a partir de 18 anos, somente com os imunizantes Coronavac ou Pfizer.

Para receber a vacina a SMS orienta fazer o cadastro antecipado na plataforma Saúde Já pelo site www.saudeja.curitiba.pr.gov.br ou pelo aplicativo do celular. O cadastro agiliza o processo da vacinação.

Também é preciso apresentar um documento de identificação com foto, CPF e um comprovante de residência com endereço de Curitiba (no caso de estar no nome do cônjuge, deve ser apresentada também certidão de casamento ou de união estável).

Aceitação

Comprovante de residência dos filhos

A partir de agora, com a vacinação de faixas etárias mais jovens, a Secretaria Municipal de Saúde também aceitará comprovante de residência no nome do pai ou da mãe, anexado a um documento que comprove a filiação.

Já para os casos de locações não formalizadas por imobiliárias, deverá ser apresentado o comprovante do endereço da residência com uma declaração do proprietário do imóvel, com responsabilização legal pela locação e pela informação.